quinta-feira, 21 de abril de 2011

Paz? Liberdade? Onde encontraremos isso?


Estava ouvindo uma canção de Vanessa Camargo, muito bonita, com o título "Me abrace". Este título, a princípio, é bacana. Um pedido bom quando compartilhado. Entretanto, o contexto da canção mostra um outro quadro, uma pintura não tão bonita assim. Ele mostra alguém em desespero, uma pessoa acuada pelas circunstâncias da vida, clamando, suplicando por algo que sabe não terá de novo com a pessoa que acha amar.




O que a deixou desesperada, acuada, clamando, suplicando por algo, como alguém suplica pela clemência da própria vida, é um sentimento que todos (quase todos) passamos na vida. Mas não deveria ser assim. Isso demonstra que estamos presos a sentimentos. E Jesus Cristo, o messias, veio para libertar-nos de tudo que nos prende a nossa vontade, inclusive o lado interior e sentimental.

A primeira coisa que Jesus faz, a sua primeira lei de liberdade, é a renúncia de nossos desejos, todos eles. Ele diz assim: "Se alguém quiser me seguir, renuncie-se, negue-se (Mt 16.24; Mc 8.34; Lc 9.23)". Ele diz ainda: "Aprendam comigo pois sou manso e humilde de coração. Assim vocês alcançarão descanço para vossas almas (Mt 11.29)".

Entre muitas coisas que precisamos na vida, duas são essenciais: Liberdade e Paz. Mas quando analisamos as palavras num contexto prático, vemos que uma se opõe a

outra e dificilmente elas se fundem. Tanto a história secular, como a história bíblica apontam que para haver liberdade de alguém, de uma comunidade, de uma nação, a paz extinguisse por um período de tempo. Primeiro acontece o que ninguém quer: a Guerra. Após o período de batalhas, destruições  mortes, enfim, todo tipo de tragédia material e psicológica, vencedores e vencidos assinam o tratado de paz. Assinado o tratado de paz (entre aspas), o que foi derrotado fica servo do vencedor. A liberdade do derrotado na guerra é dada com muitas restrições (liberdade?).

Isto é o que aprendo que, Jesus Cristo, além de nos libertar verdadeiramente de tudo, nos dá uma paz verdadeira. Ele diz assim: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. Não a dou como o mundo a dá (Jo 14.27)". O apóstolo Tiago, após dissertar sobre a sabedoria divina que o cristão deve ter e mostrar em boas obras (Tg 3.13-18), concluí dizendo: "O fruto da justica semeia-se na paz, para os que exercitam a paz (Tg 3.17)".

Exercitar a paz? É, e o apóstolo Paulo diz que, "se possível for, tenha paz com todos os homens (Rm 12.18)". Há cristãos que se apóiam nisso que Paulo escreveu para não ter paz com alguém, seja companheiro do ministério da igreja, um parente, amigo de trabalho, vizinho, seja quem for. E dão graças a Deus. Isto é certo? Olhe para Jesus: com quem ele não teve paz? Achou alguém? Muitos não queriam ter paz com ele e o mataram, por pura inveja.

Assim verificamos que Jesus nos dá a sua paz, não paz semelhante a do mundo, seja secular, religioso ou familiar. É a "paz do Senhor" ou a "paz do meu Senhor" que é do original hebraico Shalom Adonai. Essa é a paz do Reino de Deus na terra, que deve ser exercitada, isto é, colocada em prática constantemente, a fim de obtermos habilidade em manuseá-la.

E Jesus nos dá também a sua liberdade. Está escrito assim em João 8.31,32: "Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade e ela vos libertará".


Somos presos, primeiramente em nossos pecados quando não conhecemos a Jesus Cristo. Quando achamos que o conhecemos, como que os judeus acreditavam que conheciam a Deus e sua palavra, nos prendemos a dogmas, a doutrinas, costumes, tradições, festas...

E semelhante aos judeus, batemos no peito para dizer que somos livres, rangemos os dentes se alguém disser que somos escravos ou servos da religião, e não entendemos que, "se pois o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (Jo 8.36)". E livres de todos os nossos desejos, inclusive o religioso.

Tiago novamente fala sobre o tema, paz e liberdade e religião em sua carta: "Aquele que atenta bem para a perfeita lei da liberdade e nisso persevera... esse será bem-aventurado em seu feito (Tg 1.25)". E concluí: "Fale e proceda assim, como devendo ser julgado pela lei da liberdade (Tg 2.12)". Exercitar a paz e praticá-la com habilidade nos levará ao julgamento por nossas ações e obras. Não num julgamento desleal, injusto, mas pela justiça da lei da liberdade de Cristo.

Concluindo meu raciocínio, Paulo escreve assim: "Estais pois firmes na liberdade com que Cristo vos libertou. Não torneis a meter-vos no julgo da servidão (Gl 5.1)". Pena que a religião, assim como a paixão, coloca venda em nossos olhos, nos cega. E como os religiosos farises, oramos alto nas praças e templos, oposto do publicano. Damos ofertas e dízimos e nossos nomes são colocados em murais, o oposta da oferta da viúva. E valorizamos mais as doutrinas fundamentais da fé, os costumes que cada igreja local tem e esquecemos do que Jesus falou para os religiosos: "Aprendam o que significa: Quero misericórdia e não sacrifícios (Mt 9.13)".

E o que fazer para ser livre e ter esta paz verdadeira? Conhecer Jesus e permanecer na palavra dele. Assim encontramos a liberdade em Cristo. Duas coisas aqui são essenciais, como ensina o apóstolo Paulo: "Em Cristo, nem esse dogma, nem esse outro tem valor, mas sim o ser uma nova criatura (Gl 6.15)". Aí conhecemos o autor da verdade, isto é, a própria verdade (Jo 14.6). E Paulo fecha meu raciocínio nisso: "Nem esse costume tem valor, nem aquele outro, mas sim a fé que opera por amor (Gl 5.6)".

Encontre Jesus Cristo, meu grande amigo. Conheça o ensinamento dele e fique firme nesses preceitos estabelecidos por ele. Assim você será livre de verdade, pois conheceu a verdade em seu grande autor, Jesus Cristo.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Qual o preço da liberdade?

“Aquilo que eu temia foi o que me aconteceu, e o que mais me dava medo me atingiu (Jó 3 . 25, versão NTLH)”


O filósofo romano Sêneca, do primeiro século da era cristã, tinha uma visão sobre enfrentar problemas na vida, como esse que o patriarca Jó enfrentou. Sêneca, em seu livro sobre a IRA, mostra que quanto mais o homem é rico, mais expectativas terá. E quando existem frustrações nestas expectativas, explode a ira na pessoa afetada. Em sua visão, Sêneca afirma que o dinheiro aplaca a ira, contudo, o que ainda estressa o homem é aquilo que o pega de surpresa. Sêneca diz em seu livro que a melhor forma de combater a raiva e as frustrações é estar preparado para o pior. Uma análise mais cruel do que pode acontecer amanhã nos livra das frustrações, caso elas ocorram. Contudo, se não ocorrerem, estaremos preparados também. A melhor proteção, diz ele, é estar preparado para o pior.



Sêneca era natural de Córdoba, na Espanha, mas veio para Roma ainda menino. Foi tutor do mais cruel dos imperadores romanos, Nero César. Escreveu 20 livros. Ser pessimista era o que ele ensinava aos outros. Um dia, Nero enviou um centurião romano a sua casa para matá-lo. Porém, Sêneca mesmo furou suas veias e morreu, da forma como ensinou. Ele estava preparado para este triste fim, conforme sua filosofia e tudo aquilo que ensinou.



Outro filósofo romano, Epicuro, tinha pensamento diferente. Para ele, a vida com alegria e felicidades deveria ter três ingredientes: amigos, liberdade ou auto-suficiência e uma vida analisada. Diferente da filosofia do pessimismo de Sêneca, Epicuro tinha a filosofia da felicidade. Só amigos não bastavam. Auto-suficiência com muito dinheiro também não. Só o auto-conhecimento em uma vida analisada seriam inertes sozinhos. Para ser feliz, conforme seu pensamento e doutrina, estes três ingredientes deveriam estar juntos. Dessa forma o homem seria muito, muito feliz.



Diferente de Sêneca, de Epicuro, entre outros filósofos que colocam a vida com felicidades e realizações em foco, aprendo todo dia que o ingrediente mais importante para uma vida feliz é o AMOR. Amor, mas o amor que o apóstolo Paulo escreve em 1° Coríntios 13, que é paciente, bondoso, verdadeiro e eterno. Onde há o ágape divino, tudo termina bem, de uma forma ou de outra.



Eu estava como Jó, não sabendo porque isso aconteceu comigo. Contudo fui aprendendo que "todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados pelo seu decreto (Rm 8.28)". Aos poucos minha intimidade com Deus foi aumentando e busquei limpar meu coração em minhas orações. Esse foi o primeiro passo. Minha parte espiritual ficou estável e maravilhosamente bem. Faltava trabalhar com meus sentimentos.



Tentei trocar de carro, de roupas, de blá-blá-blá. Entretanto me sentia um quase “inútil”, ou alguém dispensável. Este período foi difícil pra caramba, até que algo estranho aconteceu. Eu comprava pão em uma padaria próxima ao meu trabalho a uma semana ou duas. Como o trabalho que iniciei neste bairro em setembro iria acabar no começo de novembro, perguntei o nome da balconista que me atendia toda manhã, lhe dizendo que talvez fosse a última semana que eu compraria pão ali. Foi muito interessante o que aconteceu comigo.


Depois consegui outra concessão da prefeitura municipal e trabalhamos ali até o dia 21 de janeiro, quando finalizamos o trabalho contratado. Este mês e meio que conheci uma das cinco balconistas, que depois me deixou a vontade com todas elas, é o que chamo hoje de "Qual o preço da liberdade?". Este anjo, firishte*, esta princesa que assinou minha libertação de um sentimento jamais saberá o tamanho do bem que me fez. Sem qualquer pretensão, tanto da parte dela, como da minha, isso me libertou de algo que me fazia muito mal e que eu não percebia. Hoje sei que estou aprendendo as ricas lições que o desapontamento quis me ensinar. Obrigado, professor desapontamento.



O dia 18 de Dezembro de 2010 representará pra mim o melhor dia deste trágico ano. Presenteei as cinco meninas, que automaticamente ficaram super felizes com minha singela recordação. O sorriso destas lindas mulheres, e a simples atenção que todas me reportaram, mostrou-me que realmente estou me tornando a pessoa que Deus quer que eu seja. Um homem temente a Deus e a sua palavra, mas que nem por isso deixa de compartilhar os melhores momentos de sua vida com as pessoas que o auxiliaram em seu próprio crescimento como homem.



Faz mais de um ano que não postava nada em meu blog. Minha inspiração voltou muito melhor e meu lado poeta está muito mais aceso. Obrigado Pai celeste, obrigado por me amar. Obrigado por colocar pessoas certas em meu caminho e me instruir por elas.



Finalizarei deixando aquilo que escrevi nos cartões que dei as cinco meninas, junto com a recordação. Os presentes e os cartões eram iguais. Só modifiquei um pouco o que escrevi a minha firishte*. Que Deus nos abençoe em 2011!



Está escrito assim na Bíblia: "O homem que encontra uma mulher acha uma coisa boa, e recebeu uma benção de Deus-Provérbios 18. 22"

Tive a sorte de encontrar, não uma, mas cinco mulheres, meninas como você ____. Vocês acenderam no meu coração algo a muito esquecido por mim: A grandeza das coisas simples. Obrigado


Você estará sempre na galeria das melhores recordações de minha vida. Sempre que eu precisar, lembrarei de você e está recordação produzirá energia boa dentro de mim, como está escrito: Quero trazer a memória aquilo que me dá esperança - Lamentações 3.21

Elizeu, Dez/2010
* Firishte - anjo, em árabe
Andréia, Roberta, Luciana, Vanessa e Érica, minhas grandes amigas


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Ficou com dúvidas? Jogue os dados!

Certa vez, lendo os subsídios da lição da EBD, sobre Pedro, no 3° Trimestre de 2007, sinceramente encontrei algo que não aprovei. Como não aprovei, coloquei um comentário que foi redarguido com veemência pelos leitores dos blogs 1- Ensino Dominical, 2-Gospel Prime. Outrossim, meu comentário foi excluído ou bloqueado, sobre o "indevido vicariato", que foi ensinado como um contra-exemplo do apóstolo Pedro.
Um tempo depois, lendo uma matéria no blog do pr Ciro, "O INTERNAUTA OPINA", sobre algumas divergências em relação ao apostolado de pastores no século passado, fiz aquilo que aprendo com o sapiencial Salomão em provérbios 18.18:

"Quando os poderosos se enfrentam nos tribunais, tirar a sorte com os dados sagrados pode resolver a questão (versão NTLH)"


Lancei a sorte, como diz o sábio, da seguinte forma: fazia a pergunta ao pr Ciro e, após a resposta, colocava aquilo que o pr Carumuru ensinou. E obtive luz nas questões? Não, pois os dois ministros assembleianos defendiam seus argumentos com a lição da EBD e com a bíblia sagrada.
E quem está certo na questão? Eu não sei, por isso lanço os dados, ou recito o "minha mãe mandou eu escolher este daqui...", como bem argumenta o sábio Salomão. Contudo, Paulo tem uma postura superior as pequenas picuinhas da vida religiosa: "
Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova (Rm 14.22)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O perdão é condicional? Deve haver texto e contexto para praticarmos o perdão?

Outro dia conversava com minha esposa sobre o perdão, o ato de perdoar, e como Jesus demonstra que apesar de tudo nos justificar, a culpa será sempre nossa (Mt 5.23,24; 6.12,14,15). Lembrei de Maria Madalena, que seria executada por cometer algo digno de morte segundo a lei bíblica: adulterou. Jesus estava em uma situação delicada perante os acusadores, defensores e apologistas da lei bíblica.

O fato de Jesus manter-se abaixado e com o dedo a riscar o solo, já passou por vários crivos. O mais usado em pregações e palestras é aquele em que Jesus escreve os pecados deles no chão. Jesus, acusando, da mesma forma como foi acusado pelo diabo? Outro é que Ele escrevia algum verso bíblico, como Eclesiastes 7.20: “Não há homem justo sobre a terra, que faça o bem e nunca peque”. Jesus, fazendo apologia (defesa) de suas teses, de modo acusatório? Entre outros meios e sentidos do que representou o ato de Cristo ao riscar o solo, através de conjecturas bíblicas pelos palestrantes.

Deixando de lado o ato de se riscar o solo com os dedos por Jesus, voltar-me-ei aos acusadores. O povo com pedras nas mãos estava pronto a fazer a execução de alguém pela lei bíblica, que simboliza aqueles que hoje apóiam erros de seus dirigentes, sempre com uma segunda intenção ou dolo. Os professores da bíblia, os doutores em bíblia e divindade, os bacharéis em profetas, talmude, isto é, os escribas e fariseus, fazem a pergunta a Jesus, com texto e contexto bíblico, como hoje:

Mestre, esta mulher foi apanhada no próprio ato, adulterando, e na lei (texto e contexto) nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? (Jo 8.4,5)”.

Hoje, como escribas e fariseus, doutores ou apenas bons alunos em bíblia, agimos semelhantemente: “Isaías capítulo tal verso tal está escrito assim. Tu, pois, que dizes?” em defesa, não da nossa fé, mas daquilo que somos ensinados, do modo como eles lutavam para defender a fé deles. E pessoas são mortas espiritual e literalmente, ao contrário do que aconteceu com a mulher adúltera. Mas foi porque Jesus é Deus? Não. Jesus Cristo, homem (1°Tm 2.5). Aprendi algo na conversa com minha esposa, e gostaria de compartilhar com vocês.

Segundo a bíblia no antigo testamento, os judeus sabiam que, mesmo sendo povo escolhido por Deus, eram pecadores. Tinham que corriqueiramente oferecer sacrifícios de sangue de animais para sentirem-se limpos da culpa (pecado), pois eram ensinados nos livros da lei. Sabiam e reconheciam que o ano todo cometiam pecados. Mas possuíam uma certeza, e podiam até bater no peito e dizer: - estou sem pecado – no dia da expiação – ou כיפוך יום - Yom Kipur (Lv 23.27). Este dia especial era no mês sétimo do calendário judeu ou mês de Tishrei (setembro ou outubro de nosso calendário gregoriano), no décimo dia. Um dia em trezentos e sessenta, onde podiam até soberbamente bater no peito e dizer: Estou sem pecado!, apoiados pela bíblia.

Após Jesus ser incomodado segunda vez pelos tais “servos do Altíssimo”, fica em pé e, ao falar, leva-os ao Yom Kipur – dia da expiação: “Aquele que dentre vós está sem pecado, seja o primeiro a atirar a pedra (Jo 8.7)”. Dito isso, Ele se abaixa novamente e volta a rabiscar o chão, fazendo talvez riscos aleatórios ou desenhando um carneirinho ou ovelhinha, nada de espetacular ou extraordinário ao ponto de mudar o pensamento bíblico deles. Eles, como já disse, têm ciência de que apenas um dia no ano estão sem pecado, lavados pelo sacrifício realizado por um sacerdote. Mas supondo pelo capítulo sete do evangelho de João, eles já estivessem comemorando a festa dos tabernáculos ou cabanas, que era no mesmo mês, só que cinco dias após o Yom Kipur (Lv 23.34).

Eles imaginam: “Por que não pensamos nisso antes? Poderíamos ter vindo aqui no dia da expiação”. E vão embora. Longe dali talvez até discutissem: “Ô Tobias, por que você que é doutor em Levíticos não viu isso antes?” Penso que um deles, daqueles que “aprendem e nunca chegam ao conhecimento da verdade (2° Tm 3.7)” dá uma sugestão: “Ano que vem, no Yom Kipur, fazemos a mesma coisa. Daí Ele não poderá dizer nada, e o acusamos pela morte de uma adúltera. Se disser, acusamos por não deixar cumprir a lei de Moisés”.

Mas um sacerdote justo, como Nicodemos, lhe diz: “Filho, o dia da expiação é pior que o sábado, segundo escreveu Moisés. Quem não afligir seu corpo, e ao contrário, fizer alguma obra, conforme a idéia que você deu – acusar alguém – é amaldiçoado. E Moisés pede que este seja extirpado do meio do povo”. O rapaz pergunta: “Então por que não fazemos assim, senhor doutor? Por que o senhor lembrou isso agora?”. O doutor ou escriba torce a barba, suspira lentamente e lhes diz: “Este homem, Jesus de Nazaré, nos acusa pela nossa própria lei, pois ensinamos, como você acabou de lembrar, e nem no dia da expiação fazemos o que Moisés escreveu. Se fizermos isso no Yom Kipur, Ele dirá algo que nos envergonhará perante o povo, e terá razão. Volte ao seu mestre, Gamaliel, e tentem encontrar outra maneira de o acusarmos por quebrantar nossa lei. E como é seu nome, rapaz?” Saulo, responde o jovem.

O perdão ensinado por Jesus parece ser algo inatingível ao cristão comum. Sempre dizemos que Ele fez assim, por ser Deus. Mas ao contrário daquilo que parece ou que nos ensinam como utópico, teórico, foi o homem Jesus que, após perceber o silêncio e talvez até os soluços da mulher, dá o veredicto que deveria ser usado por todos aqueles que o conhecem: “Onde estão teus acusadores? Ninguém te condenou? Ela disse: Ninguém, Senhor. Nem eu te condeno, disse Jesus. Vá, e não peques mais (Jo 8.10,11)”.

Texto, contexto, interpretação, exegese, enfim, todo método acusatório se prostra diante do Logos divino, de Jesus de Nazaré, de Jesus Cristo homem, do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Use Jesus para evangelizar, não a bíblia para acusar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Respondendo Jesus, disse: Recebereis já neste tempo cem vezes tanto. O Mestre falou por parábola, analogia ou em sentido real?

Em uma EBD (Escola bíblica dominical) em 2006 ou 2007 houve uma colocação do professor e dos alunos sobre a prosperidade, sobre a igreja UNIVERSAL, enfim, sobre o "cisco no olho do teu irmão (Mt 7.3)". Após o professor concluir que aquilo que a IURD ensina não tem apoio bíblico, levantei minha mão. Quando me foi dada a palavra, apenas lembrei aquilo que Jesus disse a Pedro: "Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições... (Mc 10.29-30)" . Quando terminei de falar o que Jesus afirma que acontece aquele que o segue por amor, asseverei que é com "tribulações" que o cristão verdadeiro vive colhendo os frutos materiais daquilo que planta no reino de Deus. Na época ninguém contestou.


No dia 26/09/2009, mês passado, fiz algo que não havia feito quando li e guardei isto que Jesus ensina a Pedro: LER A NOTA EXPLICATIVA DO TEXTO. Vejam o que o pr Donald Stamps, comentarista da BEP (Bíblia de Estudos Pentecostal) ensina:


10.30 RECEBA CEM VEZES TANTO. As recompensas prometidas neste versículo não devem ser entendidas literalmente (Jesus falou em sentido figurado?). Pelo contrário, as bençãos e alegria inerentes nos relacionamentos citados aqui serão experimentados (só experimentar?) pelo discípulo genuíno (os pastores que recebem grandes salários de igrejas?), que se nega a si mesmo por amor a Cristo. Obs.: [[grifo nosso nos parênteses]].


Você entendeu o que o pr Donald quis dizer, apoiado pelo núcleo teológico da CPAD e CGADB? Eu não entendi. A renúncia, como escreve a nota - discípulo genuíno que se nega a si mesmo - é o requisito preliminar para seguirmos Jesus Cristo, pois ele diz: "negue-se a si mesmo (Mc 8.34)". Seguindo a lógica da nota teológica, todo crente já renunciou-se por amor a Cristo, então é discípulo genuíno. Sendo discípulo genuíno, tem que colher cem vezes tanto com perseguições, conforme a nota do pr Donald, certo? Por que então a maioria é pobre e necessitada de coisas básicas? É por falta de verdadeira renúncia? Se é isto que falta, por que os que precisam colher cem vezes mais da prosperidade prometida por Cristo não são ensinados conforme a nota, a tornar-se um discípulo genuíno, que nega-se a si mesmo e colhe do bem da terra?


Vejo que estamos como na idade média, sendo ensinados e tendo que viver como vassalos, e ver que os líderes sempre colhem centuplicadamente, como o rico (crente) que Jesus ensinou: "descansa, come, bebe e folga (Lc 12.19)". Ou vivem como na época de Lutero, fazendo conforme a elite romana ensinava à população européia, quando se trata de dar para ter tesouro no céu.


Não faço nenhum julgamento contra contra as igrejas IURD, IIGD, IMPD, entre outras. Devemos olhar é para dentro de nossa igreja e não viver usando a frase de Jesus Cristo: "Os pobres vocês sempre terão entre vós (Jo 12.8)"


Vivamos como filhos, amigo, ou servo pessoal do rei, que come à sua mesa e ainda ajuda aos necessitados. Não sejamos como servos inúteis, que só fazem o que lhes é mandado e ainda enterram os talentos (posses, dinheiro, alimento, roupas, etc) que o Senhor lhes deu.





Sejamos excelentes em tudo que fizermos ao Senhor. Ele nos recompensará cem vezes mais, conforme Jesus ensinou a Pedro. Você e sua família viverão felizes, como filhos do Rei realmente, não teoricamente.





Você crê nisso? Se sim, colha os frutos no tempo que se chama hoje!
Se não, procure por Jesus e saia de seu ensino religioso, que é semelhante ao que o jovem rico e crente de Marcos 10 vivia.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Acepção de pessoas: que é isso?

Nesta semana que passou venho colocando em alguns comentários na blogosfera cristã (Comt 1) que existe acepção de pessoas no povo chamado "de DEUS", e não deveria ser assim. Acepção, conforme a PEB-Pequena Enciclopédia Bíblica-é a preferência de pessoa ou pessoas, em atenção à classe, qualidades, títulos ou privilégios. Isto Deus jamais aceitou em seu povo.

No capítulo 2 da epístola de Tiago, ele apresenta este grande mistério aos cristãos judeus espalhados pelo mundo romano de então (Tg 1.1). O mistério aos judeus se referia ao costume que aprendiam em casa e o qual aperfeiçoavam na sinagoga: honrar o rico e menosprezar o pobre (Tg 2.2). Em 2.6 o apóstolo relembra aos judeus que "os ricos, além de oprimí-los, ainda os arrastavam aos tribunais". Assim mesmo eram honrados. Paradoxal!

Depois de Tiago lembrar que se eles guardassem toda a lei e tropeçassem num só ponto, seriam transgressores, não cumpridores da vontade divina. O apóstolo traz a revelação maior de sua espístola nos vv. 12 e 13, que pra mim, são o ápce do tema que vive em meu coração: "Fale, fale mesmo sobre tudo que está na bíblia, porém, além de falar, proceda assim como você fala e ensina, pois você será julgado pela lei da liberdade, que trará juízo sem misericórdia aos que não fazem misericórdia (Tg 2.12,13-grifo nosso)".

Na vida cristã teórica que a maioria de nossos blogueiros vive, não existe acepção de pessoas com eles, bem como em suas igrejas, da forma como oravam os fariseus no tempo de Cristo. UTÓPICO? Sim, utópico, isto é, algo impossível quando visto por um MACROSCÓPIO ou, a olho nu.

Comentei também (Comt 2) que o motivo maior da morte de Cristo por nós foi a acepção mediante a lei judaica. Quem era punido pela lei nos tempos de Moisés, no deserto? Certamente aqueles que não fossem amigos ou conhecidos de alguém que trabalhasse para o líder Moisés ou de seus subordinados diretos, como Josué, Calebe e Arão. E descendo até a base da pirâmide de relacionamento, fosse de uma família totalmente POUCO INFLUENTE. Estes últimos seriam punidos, inclusive com pena marcial. Lembre que a base da pirâmide comporta muita gente, diferente da parte de cima.










Outra coisa, aproveitando o velho testamento, é que Deus sempre aumejou que o homem guardasse seus preceitos, estatutos e mandamentos (Êxodo 15.26). Só que os mandamentos e estatutos (TORÁ) surgiram muitos milhares de anos após a saída de nosso pai Adão do jardim do ÉDEM. Antes de MOISÉS receber a lei escrita por Deus para ensinar ao povo (Êxodo 20), o Senhor sempre anelou ver os homens fazendo aquilo que o coração dEle expressa: AMOR! A primeira coisa que Deus como pai ensinou a seu filho Adão foi a obediência (Gn 2.17). E obediência por amor, não por força, obrigação ou torpe ganância. Obediência de filho por nós é igual amor para com Deus.

Seguindo o gênesis -bereshith (em o princípio), aparecem dois homens crentes em Deus: Caim e Abel, filhos do Adão caído da presença de Deus. O que aconteceu que Deus recebeu a oferta de Abel e rejeitou a de Caim? Deus fez acepção de pessoas entre os dois? Ah, é que Abel, além de viver em oração, guardava os mandamentos de Deus. Que mandamentos? Já haviam mandamentos escritos por Deus? Existia algo escrito de Deus pai para Abel filho que o fizesse oferecer algo em agradecimento? Não. Mas devemos entender que, como o menino Davi, o menor na casa de Jessé, Deus olha e vê o que existe de bom no coração daquele que lhe oferece um holocausto, uma oferta. Por isso Jesus lembra que antes de deixar minha oferta no altar, devo lembrar se meu irmão tem algo contra mim. Se a resposta for sim, deverei primeiro ir me reconciliar com alguém que tem algo contra mim, para depois dar minha oferta sincera a Deus. E é alguém contra mim, não se eu fiz algo a alguém.

Deus sabia que a intenção de Abel era ofertar o melhor aquele de quem seu pai sempre os lembrava: o DEUS CRIADOR. Quando Deus rejeita a oferta de Caim, lhe diz (estatuto=vontade): "Se fizeres bem, não haverá aceitação para ti? Mas, se não o fizeres, o pecado está em seu coração, e será o teu desejo maior, e te dominará (Gn 4.7)". Caim acaba deixando de lado o conselho dado por Deus. Mata seu irmão e, ao ser questionado por Deus sobre Abel, responde: "Não sei. Sou eu guardador de meu irmão? (Gn 4.9)".

De novo pergunto: Deus fez acepção ou escolha entre os filhos de Adão? Não. Hoje, de igual modo, Deus coloca aqueles que possuem um coração igual ao de Abel em lugar de honra e despreza aqueles que tem coração de Caim, que, além de não se importarem com seu próximo, matam com palavras aqueles que com coração voltado ao bem servem ao Altíssimo (1° Jo 3.15).

Este é o ponto principal: Sem lei, Abel agradou a Deus. Ele era livre. Fazia tudo o que queria. Porém, fez o que realmente agrada a Deus, como escreve Davi: "... com coração puro... com espírito reto... na presença de Deus... demonstrando alegria da salvação... tendo espírito voluntário... espírito quebrantado... coração quebrantado e contrito... (Salmo 51 10-12, 17)" e ainda " Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus; a tua lei está dentro do meu coração (Salmo 40.8)". Esta é a lei perfeita da liberdade: Deus, sabendo que meu coração é mau e tendencioso, acha-me fazendo o que há em SEU coração, que é servir ao próximo com amor - "porque a imaginação do coração do homem é má, desde a sua meninice (Gn 8.21)" .

Abraão é outro exemplo de servir a Deus debaixo da lei da liberdade. Isaque, seu filho, ouve do Senhor: "Porquanto Abraão, teu pai, obedeceu a minha voz, e guardou o meu mandato, os meus preceitos, os meus estatutos e a minha lei (Gn 26.5)". Onde estas leis estavam escritas? Paulo escreve sobre isso, no meio do povo gentio/não crente em Deus: " Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei. Pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os. No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho (Rm 2.14-16)".

Deus sempre busca aquele que diz que O conhece e conhece também seus preceitos. Que pratica sua palavra e realiza também obras de amor naturalmente, não obrigatóriamente porque está escrito e é servo do Altíssimo, mas com voluntariedade (Sl 51.12), como amigo (Jo 15.15), como filho (Rm 8.15). Lembro que sinônimo de servo é escravo. LEI PERFEITA DA LIBERDADE ENTÃO NO REINO DE DEUS, para os livres.

Temos leis e estatutos eclesiásticos em acepção de pessoas, isto é fato. E colocando um freio em minha caneta, pois sou levado a tantos versos bíblicos que engrossariam o caldo teológico/doutrinário deste artigo, deixo a certeza que Paulo teve ao olhar para seu passado: "És inexcusável quando julgas, ó homem crente (Rm 2.1-3)", e a frase do Mestre a qual aqueles que são discípulos realmente fazem: "Hipócrita!Tira a trave do teu olho! (Mt 7.5)".

Trate todos em nossa blogosfera cristã como se estivesse olhando ao espelho. Não é fácil. Mas já renunciamos nossa vontade. Sem vontade para alimentar nossa carne, e a vontade intelectual é um perigo, poderemos praticar a sabedoria que vem do alto:

"Eu trato a mim mesmo de maneira (Mas a sabedoria que vem do alto é), primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia (Tg 3.17)".

Assim devo tratar meu semelhante: sem acepção, sem parcialidade, sem hipocrisia, como a mim mesmo. E só funciona quando vivemos a lei perfeita da liberdade (Tg 1.25), que se cumpre com AMOR (Rm 13.10; Gl 6.2).

Elizeu Rodrigues, discípulo

Fontes: PEB-Pequena Enciclopédia Bíblica

BEP-Bíblia de Estudos Pentecostal

Mini-dicionário Sacconi

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Quem subirá ao céu, senão o que desceu do céu?

Comentei no blog do meu querido irmão em Cristo sr Valmir Milomem:

O que é teologia da prosperidade? É humana, é claro. E a teologia da salvação, o que é? Também é humana. E as doutrinas, como da trindade divina, ou da unicidade divina? Resposta=são humanas também.

Onde quero chegar com isso é que tudo está na bíblia. Saduceus, fariseus, essênios, todos criam em Deus. Todos liam o tenak. Mas cada qual tinha sua interpretação.
Hoje é parecido. Quem crê na prosperidade TEOLOGY vive isso. Quem crê na salvação vive isso também. Quem é trinitariano da mesma forma, como os unicistas, vivem o que ensinam. E quem está certo? Quem está com a razão?

Atente para Jesus. Ele ensinou algo que não vivemos: “…ensinando a guardar tudo que eu vos tenho mandado (Mt 28.20)”. O que ele ensinou é a cruz materializada para carregarmos. E só carrega esta cruz quem renuncia seus preceitos humanos até baseados na bíblia, e vive aquilo que Jesus ensinou.

Jesus jamais criticou o que as pessoas faziam com relação a religião judaica. Dizia: “faze isso, e viverá”. Porém não admitia que quem fizesse tal coisa apoiado pela torá, criticasse outro que acreditasse em Deus de outra forma, com outra visão.
Quem está certo? Com certeza aqueles que vivem o que Ele ensinou.

Elizeu

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Quem é ele, para que nele creia?

Quantas bençãos espirituais já recebemos de nosso Deus? Muitas, e tenho plena certeza que elas sãos como a areia do mar em nossas vidas, incontáveis. E na parte material, muitas dádivas ele nos cocedeu? Muitas, posso afirmar com certeza. E curas em nosso corpo físico, quantas vezes Ele nos sarou e restituiu? A palavra diz que Ele levou sobre si as nossas dores e enfermidades, não é mesmo? Agora pergunto: Mesmo recebendo inúmeras bençãos de Deus e também abençoando as pessoas que se relacionam conosco, conhecemos realmente ao Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus?
Quantas vezes já falamos do amor de Deus às pessoas? Como eu, posso afirmar que vocês são verdadeiros pregadores de boas novas. E ensinar a palavra de Deus em uma classe dominical? Se você é frequentador assíduo como eu, além de ensinar, deve possuir um cargo na EBD, como secretário, tesoureiro, superintendente. Você é pregador, conferencista? Transmite a palavra na tribuna da igreja? Sim, preguei muitas vezes e sempre fui muito abençoado, além de abençoar as pessoas e o povo de Deus.
Se você é alguém que preenche os requesitos destas perguntas feitas e pré-respondidas, alguém que foi restaurado por Deus, curado por Ele, que ensina e prega a sua palavra, irá sentir aquilo que eu senti quando realmente O Encontrei. Atente com serenidade:
Em João capítulo nove (Jo 9) há o relato da cura de um cego de nascença. Duas questões a avaliar aqui são importantes. A primeira é a forma que o povo crente (judeus) eram ensinados nos dias que Jesus esteve aqui. Cegos, leprosos, surdos-mudos, deficientes físicos, enfim, que possuíam alguma enfermidade física (mulher do fluxo sanguíneo), eram tidas como hereditariamente malditas. E usadas como exemplo, talvez, nas homilias dos doutores da lei. Jesus corrige este erro doutrinário humano, dizendo que onde existir alguém nesta situação, "deve se manifestar nele as obras de Deus (v 3)". A segunda questão é a cura. Jesus cospe no solo, faz uma lama, põe nos olhos do cego, e manda-o ir lavá-los no tanque de Siloé. Por que todo este trabalho? Não era só curá-lo, abrir-lhe os olhos?

Após a cura e todo o interrogatório ( v 15, 26) que o abençoado recebe da igreja (os apologétas de plantão), acontece o improvável, aquilo que os "velhos na fé" da igreja jamais admitem: SER ENSINADO POR UM LEIGO NA PALAVRA. Voltando à sessão interrogatória, quando perguntam novamente como ele foi curado, o abençoado responde de forma irônica: "Vocês também querem ser discípulos dele?(v 27)" e após ser injuriado, criticado, ele inicia sua primeira pregação de boas novas, mesmo sem querer. Ele vira um pregador da fé:


"A maravilha está em que vocês não saibam quem ele é, ou de onde ele veio, e mesmo assim me curou de cegueira. Nós sabemos que Deus não ouve a pecadores, mas se alguém teme a Deus e faz a sua vontade, a esse ele ouve. Não há nenhum relato nos escritos sagrados, pois eu nunca ouvi que alguém tenha sido curado de cegueira. Se este não fosse de Deus, nada poderia fazer (vv 30-33)"
Cheia de costumes e doutrinas teológicas humanas, eles não admitem um novato no conhecimento "teológico" mostrar algo que Deus realmente faz. Expulsam o abençoado da igreja, apoiados por sua doutrina, seu torá, seu costume, seu talmude.
Após o escárneo e vergonha, o abençoado deveria ter ficado cheio de dúvidas. Nasceu na religião, sendo ensinado desde criança nos dogmas de Moisés (Dt 6. 6-9). Recebe uma cura, que só Deus é capaz de fazer. Fala aquilo que ele entende que só alguém usado pelo Espírito de Deus poderia fazer. Assim mesmo é chamado de pecador, nascido em pecados, que jamais poderia usar a palavra de Deus para ensinar.
No meu entendimento, este fato faz com Jesus o encontre no caminho, para realmente curá-lo totalmente, e sanar suas dúvidas com relação ao reino de Deus. Ao encontrá-lo, Jesus pergunta diretamente ao abençoado perdido em um mundo de cegos que tem olhos, para realmente enviá-lo como verdadeiro pregador de boas-novas (Rm 10.15). "Crês tu no Filho de Deus? perguntou Jesus. O abençoado responde: Quem é ele, para que nele eu creia? Jesus finaliza: Tu o tens visto, e é este que fala contigo. Eu creio. E adorou o Senhor Jesus. (vv 35-38)"


Entendeu? Eu estava como este cego. Fui curado por Deus quando Ele me abriu os olhos espirituais. Preguei a palavra e ensinei, da maneira como Ele instruí nos evangelhos. Quase ninguém entendeu a mensagem que ele me deu, principalmente os "doutoresa da lei". Sofri, pois sempre vi o Senhor Jesus, como quando ele apareceu ao homem que foi curado de cegueira, contudo ainda não O conhecia realmente.


Hoje O vejo, creio, O adoro, tenho intimidade com Ele, falo a palavra que Ele me dá, vejo os frutos da semente que estou semeando, tudo com a permissão do Espírito Santo. Mas não é fácil. Entretanto, todo aquele que conhece Jesus, como eu O conheci, e o homem curado de cegueira do relato de João nove (Jo 9), nunca deixará de crêr e adorar aquele que o resgatou da religião à verdadeira vida em Cristo.

Você crê no Filho de Deus? Sabe realmente quem Ele é? Faz o que Ele ensinou?

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Lei de Deus, o Torá, com pena de morte? Perfeita lei da liberdade, de Cristo, com vida e paz?

Um dia quando lecionava sobre a Lição "Jesus, verdadeiro homem e verdadeiro Deus", em determinado momento da lição citei a espístola de Tiago 1.25: "Aquele, porém que atenta para a perfeita lei da liberdade e nisto persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da boa obra, esse tal será bem aventurado no seu feito". Segundo minhas convicções, sempre assegurei que Jesus aboliu toda a lei, não só a guarda do sábado, como crê a maioria nas congregações.
Nesta congregação onde fui convidado a lecionar, o pensamento não era diferente. Porém, todos estavam atentos a tudo que eu falava, pois parecia algo novo. Depois que mostrei que não vivemos por lei ou regra, mas pela perfeita lei de liberdade, citei 2.12 de Tiago: "Assim falai, e assim procedei, como devendo ser julgados pela lei da liberdade". No final deste pensamento, um presbítero da velha guarda, daqueles bem tradicionalistas, faz uma pergunta que no início pareceu bem difícil. Veja:

"_Irmão Elizeu, como o irmão afirma que toda a lei de Deus foi abolida, farei uma pergunta a qual já perguntei a outro grande professor do campo, e ele não respondeu.
_Pode fazer, disse eu. Se eu não puder responder agora, pesquisarei e trarei a resposta em outra oportunidade.
_A pergunta é a seguinte, disse o irmão presbítero Mesquita. Se toda a lei de Deus foi abolida, Deus errou quando deu a lei a Moisés?"

No início a pergunta pareceu difícil. Toda a clase de adultos (homens e mulheres) fitou os olhos em mim. Pela graça de Deus, a resposta fluiu serenamente. Eu disse:

Irmãos, quando Deus entregou a lei nas mãos de Moisés, o culpado pelo pecado cometido deveria realmente ser penalizado conforme estava estabelecido na lei? Imaginem se fôssemos nós os israelitas, e eu cometesse um tal pecado. O correto a fazer, penso eu, era que vocês, homens de Deus, se reunissem e após a discussão de prós e contras, chegassem ao seguinte veredito: Nós perdoamos você irmão. Só não peque novamente. Então respondi ao irmão Mesquita: "_A lei, querido irmão Mesquita, deveria produzir perdão sempre, não pena como sentença."

Depois que disse esta até então "asneira" na classe dominical, pois estava roubando uma das muitas atitudes de Jesus Cristo, concluí:


A lei era para ser seguida por todos os israelitas no antigo testamento? A resposta da classe foi 100% positiva. Novamente inquiri: E a pena de morte em caso de homicídio e adultério também deveria ser para todos, sem excessão? De novo a resposta foi 100% sim. Com estas duas perguntas afirmando que quem vivia pela lei deveria ser julgado pela lei, finalizei meu raciocínio:

O rei Davi adulterou e cometeu um hediondo homicídio. Deus perdoando Davi, agiu com acepção de pessoas? Resposta da classe negativa. Se Deus sabia que a pena era capital, por que Davi não morreu? Os alunos ficaram sem resposta, aceitando, talvez por falta de argumento, minha convicta idéia de que a lei só serve para aquele que gosta de ser servo inútil, que só faz "aparentemente" o que lhe é mandado. Só aparentemente.

Por isso dou graças a Deus por ter-me ressuscitado dos mortos, tirar-me dum côma o qual me trouxe a uma nova vida cristã, e dar-me a certeza em afirmar que a lei de Deus, com os 10 mandamentos, ou os 613 mandamentos posteriores, sempre se resumiu ao amor e ao perdão, como disse Jesus: "Portanto, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas. (Mateus 7.12)"


Assembléia de Deus
Congregação Jadim Ouro Fino
1° Trimestre de 2008, lição 3

sábado, 8 de agosto de 2009

Influenciar? Eu?

Outro dia aprendi uma coisa super interessante. Quando carregava areia da calçada da rua de casa para a caixa de construção, vi uma senhora catadora de papéis e recicláveis observando todas as lixeiras da rua, procurando material reciclável. Como sou um separador de material reciclável contumás, aguardava enquanto ela vinha em direção à minha calçada, para lhe informar do material que lhe entregaria.


Só que como eu estava com roupa de pedreiro, enchendo um carrinho com areia, ela preferiu atravessar a rua e falar com três vizinhas minhas que conversavam na outra calçada. Ela pergunta: "Não tem nenhum material reciclável que a senhora pudesse me dar, vizinha?" A resposta foi "NÃO", juntamente com a atitude das três de menosprezo pela senhora catadora de papel. Ela então faz outra pergunta: "A senhora não tem 1 kg de fubá, ou de trigo pra me ajudar?" Novamente a resposta é curta e grossa: "NÃO"


Com a resposta, ela segura suas sacolas e prossegue seu caminho. Quando passa em minha frente, falo alto: "Tia". Ela ouve e vê quando faço sinal para que viesse até mim. Ela vem e, enquando me aguarda, vou nos fundos de casa e trago três sacolas grandes com os recicláveis. Quando ela me vê voltando, sorri muito e agradece a Deus em alto tom. Quando lhe entrego as sacolas, ela vira para as três que a haviam desprezado, e diz: "Deus é bom mesmo. Eu ia mais pra baixo, mas como ganhei este material, vou voltar pra casa".


Aí as três ficam numa situação muito ruim e chamam a catadora junto a si. Dizem que irão juntar todo tipo de material reciclável e guardar pra ela pegar em outra oportunidade. Uma lhe entrega alguns quilos de alimento, e ficam até mais aliviadas. Tudo termina bem, para a catadora, quanto para as três vizinhas.


Conclusão: As vezes queremos fazer coisas grandes para ajudar aos outros. Queremos juntar dinheiro, comida, roupas, etc, etc, etc, quando o mais simples já seria útil. Dar bom dia, boa tarde, dizer como vai, tudo bem e parar para dar ouvidos e prestar atenção ao que as pessoas dizem valeria muito mais do que o blá-blá-blá dos que gostam de falar e dizer que são os bons.
Muita gente gosta de influenciar como político. Também há os que elogiam estas atitudes. E poucas são as pessoas que sabem elogiar e passar adiante uma atidtude simples como a de Jesus, que lavou os pés dos seus doze apóstolos, inclusive os daquele que o traiu.


Faça o simples. Jesus, que dizemos que é parte da trindade divina, influenciava na simplicidade. Ele viveu fazendo o bem. Depois de fazer o bem ele fazia milagres. Mas só depois de fazer o bem.

sábado, 1 de agosto de 2009

A derrota do Timão...

Hoje a tarde, quando escrevia algo a um amigo que mora na Noruega, e procurando o verso de At 10.38, que relata que Jesus "andou fazendo o bem e curando...", assistia ao programa do PASTOR, aliás, apresentador Raul Gil, com Régis Danese. E como diziam os doze, imitamo-os verazmente: "Mestre, tem um (cantor) que em teu nome..." Mas em minha singela visão pergunto: Quem será o próximo reformador da igreja de Cristo? Não damos ouvidos mesmo a burra de Balaão, no caso do texto, o cantor Régis Danese. E penso que Deus continua falando, como falou a Jeremias: "Que farei, pois o povo (CRENTE) deseja isso!!!"
Não atentamos ao que Jesus falou aos sábios doutores da lei: "Vocês examinam as escrituras e pensam que terão nela a vida eterna (Jo 5.39)" Então fui ler no blog do Pr Ciro, pois tinha a nítida certeza que ele escreveria algo contra o cantor. E isto estava correto. Só não sabia que o pr Ciro escreveria sobre a derrota do meu TIMÃO.
Mas deixando o cantor Régis Danese e a derrota do TIMÃO de lado, uma coisa vivemos e contribuimos hoje com nossas ofertas e dízimos: a desigualdade social na igreja. Pense vc que lê e que comenta os textos, o que seria do Brasil se o presidente, ou senadores, ou deputados federais, estaduais, governadores... fossem crentes pastores convencionados as galáticas CG... das igrejas? O povo dirigido por estes pastores estaria na posição de "miseráveis, pobres e nús" e os dirigentes, suas famílias e amigos (e tem lei contra contratação de parentes) estariam como marajás do dinheiro não público, mas levítico. Pense aí e responda a você mesmo. Pedro disse: "O teu dinheiro seja contigo para tua perdição (At 8.20)"

"Mas Deus vai levantar outro reformador, irmão Elizeu" Será? Existe profecia para isso? Houve profecia para levantar Lutero? Não, não existe profecia para reformas de igrejas, nem existe profecia bíblica que levasse à reforma protestante. Agora, quem tem sua igreja ou religião e lhes coloca acima daquilo que Jesus ensinou, jamais entenderá o que Deus queria, e quer dizer hoje:

"QUE FAREI NO FIM DISSO? DISSE DEUS, SE O MEU POVO DESEJA SER DOMINADO PELA MÃO DE SACERDOTES E DOUTORES, E TAMBÉM ADORA OUVIR AS PROFECIAS FALSAS DOS GRANDES "PRELETORES E CONFERENCISTAS"??? JEREMIAS 5.31

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O que dizem de você?

Um certo dia, Jesus Cristo pergunta aos seus discípulos: "_ Que dizem os homens ser o filho do homem (Ele)? (Mt 16.13)". Seus discípulos repassam ao mestre aquilo que já estavam cansados de ouvir do povo: "Mestre, uns dizem que o senhor é João Batista, outros, Elias, Jeremias, ou um dos profetas (v.14)". Após ouvir sua rsposta, Jesus inquiri: "_ E vós, que dizeis que eu sou? (v.15)".

Aposto que você já passou por situações boas, constrangedoras, ou até inusitadas daquilo que pensam a seu respeito. Todos tem opiniões diferentes sobre você, e as vezes iguais, sejam elas boas ou ruins. Veja exemplos: Para os pais, sempre o bebezinho, mesmo que seja um grande criminoso. Para os amigos, "o cara", quando paga tudo, "o mão de vaca", quando não paga nada, "o pangaré", quando safa as costas dos outros. Entre outros exemplos de relacionamentos, sejam escolar, profissional, religioso, etc. Este é o "X" da questão: todos tem opinião formada por você. Mas lembre que nem sempre é a opinião que você esperava ter das pessoas que se relacionam contigo.

O que aprendo com Jesus Cristo é simples. Saiba quem você é. Saiba quais são suas grandes virtudes, utilizando-as sempre em seus benefício e das do seu próximo. Lembre que você é humano, falho, que comete erros também, e dessa forma, tente aparar suas arestas diariamente. Não esqueça de praticar a "lei do reconhecimento", por tudo aquilo que fazem de bom pra você. E aprenda a perdoar as pessoas, pois o perdão "verdadeiro" tira todo peso extra que você carrega, aliviando toda tensão que atrapalha seu viver em comunidade.

Dessa forma, no meu singelo ponto de vista, independente daquilo que os outros pensam a seu respeito, você estará preparado a superar tudo o que ouvir, ou o que te disserem, que alguém falou de você. E que o fato ou boato não faz parte daquilo que você realmente é, pois você sabe quem você é, e que um erro daquele que gostaria de te prejudicar não irá interferir em seu relacionamento com você mesmo. E como diz Sócrates, mestre de Platão: "Conhece-te a ti mesmo"

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Este foi ter de noite com Jesus

"E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre, vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele." (Jo 3.1-2)
Nicodemos, homem judeu crente, de integridade, bondade, retidão, nos traz um exemplo bom àqueles que não querem ser crentes como ele, que só via Jesus a noite. Ouvi um testemunho muito bonito no domingo passado. O casal onde almocei contou-me que havia recebido uma carta de sua ex-nora, pedindo o seu perdão. Na carta ela dizia que os tinha como pais, e que se sentia arrependida por tudo que havia acontecido entre eles, desde a separação com o filho deles. O casal estava contente, por ter tido este reconhecimento da parte de sua ex-nora. Me disseram que ela realmente se arrependeu da separação, e que talvez quizesse ter uma reconcialação com o seu filho . Depois de perceber a alegria deles com o fato ocorrido, indaguei: "A senhora aproveitou a situação para pedir perdão à ela também?"
Na vida cristã hoje as coisas ocorrem da forma como acontecia com o senhor Nicodemos, príncipe dos judeus. Ele conhecia a palavra de Deus, ia aos cultos diariamente nas sinagogas, dava seu dízimo e suas ofertas, orava, guardava o sábado, etc, e sabia reconhecer a presença de Deus na vida de um profeta (no caso, Jesus). Entretanto, Jesus fala abertamente com ele sobre um novo nascimento, o ato de quem quizesse servir a Deus deveria tornar-se nova criatura. Durante o dia e nas sinagogas, ele era o mestre. Porém, cheio de dúvidas, vai procurar Jesus de noite, escondido, pois para a comunidade religiosa da qual ele fazia , Jesus era tido como um falso profeta, um sectário.
Jesus lhe explica pausadamente sobre a necessidade de um novo nascimento, do fato de os judeus denominados "povo de Deus" se tornarem nova criaturas, nascerem de novo. O príncipe dos judeus, como muitos hoje, dá uma de "João sem braço", e faz uma pergunta razoavelmente infantil se tratando de um doutor em teologia: "Como pode ser isso? (v.9)". Também conhcemos toda a parte teológica e teórica de ser nova criatura, como no caso de Nicodemos. Mas aos sermos indagados por alguém redarguimos como o príncipe dos judeus: "Como...?"
A senhora então me diz que jamais fez algo pra sua ex-nora. Que gostava dela, e a tinha como filha. Que nunca fez mal nenhum para remetente da carta. Eu lembrei a senhora que ela sempre chamava sua ex-nora de vagabunda, e sua resposta foi: "Ela é vagabunda mesmo!". Coloquei então que Jesus jamais chamou a samaritana por este nome, ainda que ela merecesse. Nem pediu que ela trouxesse seu 5°, 6° marido. Eles me falaram que Jesus fazia isto porque era Deus. Falei sobre o perdão, e citei a frase do pr Silas Malafaia que diz: LIBERA PERDÃO! Mas o crente de hoje, assim como Nicodemos, príncipe dos judeus, teólogo, vive servindo a Deus cantando, orando, indo à igreja, porém não faz o mais simples, que na realidade ao homem carnal é difícil: RECONHECER QUE NÃO SOMOS NADA!
Será que o sacrifício de Jesus foi para tornar-nos da mesma forma que a comunidade judaica do primeiro século? "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nela a vida eterna(Jo 5.39)" era o pensamento deles, e creio que temos o mesmo pensamento. Vivemos parecendo, simplesmente parecendo. O ser, ou como acompanhamos na vida de Nicodemos, nascer de novo, é muito difícil.
Jesus não gosta de pessoas que apenas aparentam algo, como a figueira, ou como os sepulcros ou como... Jesus morreu para "sermos novas criaturas". Parecer por parecer, ou judeus já faziam a mais de mil anos: "Aprendei a fazer o bem, praticai o que é reto... (Isaías 1.17)"

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Quais são os meus direitos outorgados por Cristo?

Meus direitos, por favor? publicado no link de meus queridos irmãos me trouxe a pequena arguição: "Que direito a cruz de Cristo nos dá?" Qual direito Jesus deixou estampado na cruz? O que Jesus ensinou sobre direito que os mandamentos já ditavam? Por que...


Qual é o direito do verdadeiro cristão? Ele realmente tem direito neste mundo? Os direitos que a lei civil dá é pra nossa defesa? E...? .... Creio que não. Por que então pastores, líderes religiosos evangélicos, enfim, ensinam que temos sim, que temos que ter representantes (a política aí de novo) e lutar por eles? A resposta ao meu ver é por não entender o que Jesus ensinou, seu exemplo de cordeiro mudo, seu sofrimento e suas boas obras.


Tenho direito de ir a justiça e processar alguém por me ofender, segundo nossas leis? Sim. E segundo os mandamentos? Sim. E segundo Jesus e o novo testamento? Não. Não colocarei versículos bíblicos pois meu interesse não é confrontar neófitos, mas sim crentes tradicionais, que leem a Bíblia todo dia, vão à igreja quase toda noite, oram, louvam, ofertam, mas fogem da recomendação dada por Jesus: "Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas" Aí vem a pergunta: Você gostaria de ser processado por alguém? Creio que não. E ainda mais por uma "simples" ofensa. Se não gostaria de tal processo, automaticamente não deveria processar alguém, mesmo que o tal merecesse. E liberar perdão, como ensina o pastor Silas Malafaia.


Já pensou se Jesus usasse este princípio de direito civil na corte de César? Com certeza não teríamos um Salvador. Seus falsos acusadores seriam presos e envergonhados, e Cristo seria, pela n vez, coroado nos braços do povo. Mas Cristo fez o contrário daquilo que somos ensinados hoje. Ficou mudo, não teceu sua defesa (que seria simples), e sofreu as consequências disso. Mas fez isto por que era Deus? Não, fez isso pra ser nosso exemplo de Mestre: "Por que me chamais de Senhor e não fazeis o que eu digo?" E Jesus conclui assim: "Não é o discípulo mais do que o seu mestre; mas todo o que for bem instruído será como o seu mestre". Estamos na contra-mão do que Ele ensinou.
Jesus também ensina que deveríamos "exultar". Ficar "alegres" quando fôssemos caluniados, odiados por fazer o bem, expulsos da companhia ou da membresia de entidades, ser injuriado e ter o nome no meio cristão, social, no trabalho, enfim, como pessoa indigna, por fazer tudo aquilo que Ele ensina. Há muitos crentes de igreja, que quando estão fora do átrio tudo que acontece é luta, é provação, é perseguição. Ninguém gosta deles, pois só falam em inferno, costume e rete té. Não fazem o bem. Não tratam as pessoas com cordialidade, como ensina Paulo. Só tem vida dentro da igreja, e Jesus ensinou o oposto disto. Temos que ser testemunhas dele, não enclausurados em igrejas que nem seu vizinho o conhece. Que testemunhas somos. Onde queremos chegar?


Jesus ensina, e as pregações que ouvimos mensalmente também. "Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, não lhe negues também a túnica. Dá a todo o que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho reclames". Este é o ensinamento prático de Cristo e ensinado teoricamente nas pregações. Mas qual pastor ou pregador viveu isto pra poder ensinar com afins? Alguém pode dar um número estatístico?


Para terminar, veja que o povo judeu que crucificou a Cristo tinham ciência daquilo que Deus esperava deles. Está em Isaías: "Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a boca; como um cordeiro que é levado ao matadouro, e como a ovelha que é muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a boca". Mas o crente em Deus judeu, assim como a maioria crente cristã hoje, católica, protestante, pentecostal, tradicional, enfim, foram as cortes lutar por seus "direitos por favor", contra Jesus Cristo, pois a liderança eclesiástica, que manipulou a maioria simples da sinagoga, analisou o Mestre como mais um falso profeta. E estamos como os judeus, sendo manipulados por nossa liderança, buscando nossos direitos, e esquecendo tudo que aprendemos e ouvimos de Jesus: "Cordeiro mudo foi levado ao matadouro... (Banda Actos II)"

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

"Está com defeito de fabricação"

Assistindo ontem (28/12/08) ao programa "Tempo de Avivamento", na Rede TV, aprendi algo sobre a famosa frase do Pr Marco Feliciano, e gostaria de compartilhar com vocês. A frase, uma das mais famosas dele, é: "Pentecostal que não faz barulho está com defeito de fabricação".

"Defeito de fabricação". Estas palavras me levaram a meu início ministerial, à indústria de pastores de fogo, de homens de frases de impacto, e a um rebanho à merce de lobos em pele de cordeiro.

Deus, nosso Senhor, fabrica crente pentecostal? Creio que não. Deus não é indústria com certificação ISO ou política Sustentável. Se fosse assim, todo pentecostal com "defeito de fabricação" deveria ser substituído por outro mais barulhento, ou ser devolvido ao fabricante, que no caso da frase, é o próprio Pentecostalismo. E ser consertado, ou ter troca de peças e muito mais.

Mas você que frequenta "igreja do barulho" sabe que o povo produz o meio cristão em que vive. E tudo isso, frases de arromba, pregadores e cantores "reteté", etc, etc, etc, parte da tradição da igreja, do costume e da moda da mesma. E se alguém fala contra tais modismos, mostrando até biblicamente, esse alguém é escrachado, da mesma forma que o povo crente judeu fez com Jesus Cristo, que era tido como homem pecador, amigo de pecadores e beberrão.

Minha conclusão então é esta: Se você faz barulho, muito barulho, sempre a pedido dos tribunos (o Faustão da igreja - aquele que está com o microfone), é um produto ISO 1000. Foi fabricado dentro das normas, inclusive InMETRO religioso, e tem valor agregado em seu meio cristão de "homem ou mulher de Deus", daqueles de primeira qualidade. E seguindo esta linha de interpretação, estará com uma grande chance de ser reprovado por Deus, pois Ele não é fabricante deste tipo de "ser religioso". Ao contrário, sempre reprovou tais tipos de pessoas e suas atitudes, onde o maior exemplo está no povo escolhido por Ele para revelar o seu amor ao mundo, através de seu filho Jesus Cristo.

Finalizando então, com ou sem defeito de fabricação, estas pessoas estão longe de ser produto da regeneração através do evangelho de Cristo Jesus, que tem na RENÚNCIA, na CRUZ e no AMOR as faces de um triângulo equilátero sólido de Platão, onde a base está na frase que indica se somos ou não dEle:
"Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, é semelhante ao homem que edifica sua casa sobre a Rocha" (Lc 6.46-48)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sou Grato a Deus

Agradeço do fundo do coração a uma menina que admiro muito, Mayalu Felix, do Blog da Maya, por ter-me concedido o selo Blog de Ouro e o Prêmio Dardos, a este blog.


Como é necessária a indicação de 15 blogs, conforme a regra, indico também estas duas premiações, aos seguintes blogs:



Ressaltamos, conforme escrito no Blog da Maya, que o Prêmio Dardos é importante, pois faz com que se reconheçam os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web.

Quem recebe o Prêmio Dardos e o aceita deve seguir algumas regras:

1. exibir a distinta imagem
2. linkar o blog pelo qual recebeu o prêmio
3. escolher quinze (15) outros blogs a que entregar o Prêmio Dardos.


No caso do selo Blog de Ouro, aplicam-se as mesmas regras.
E que Deus conceda aos nossos corações vivermos em unidade e novidade de vida, pois os dias estão ficando nublados!!!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Dura é a vida de um verdadeiro profeta

"Ai de vós, ... e ... , hipócritas! porque edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos, e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no derramar o sangue dos profetas. Assim, vós testemunhais contra vós mesmos que sois filhos daqueles que mataram os profetas (Mt 23.29-31)"



O mestre Jesus separava o antigo testamento em duas partes somente: Lei e profetas. Nós, os teólogos, a separamos em três, como os judeus doutores da lei faziam: Lei , poesia e profetas. A parte do Tenak que Jesus defendia era a dos profetas. O restante era lei. Por que? Porque os profetas que foram usados por Deus faziam um pouco do que Ele ensinou: renúncia. João Batizador é o exemplo mais prático da vida de um profeta autêntico. Suas roupas, sua moradia, sua família nobre, mas, principalmente por suas palavras. Ele é preso e morre por falar a verdade ao rei da Herodes. Não vemos profeta algum falar a verdade aos canditatos quando estão nos "primeiros assentos nas igrejas (Mt 23.6)", não é mesmo, mas isto não vem ao caso.

Quando João Batizador está preso e aguardando o veredito de morte, envia dois de seus discípulos a Jesus. Seus discípulos vão e observam o Mestre por um dia todo. Voltam com a nova a João Batizador no cárcere, com a certeza de que Ele é realmente aquele que "havia de vir (Lc 7.20)". Só que os dois não observam o ponto ápce do encontro, pois o texto revela que, "e, tendo-se retirado os mensageiros de João (Lc 7.24)", Jesus faz uma homilia ao povo. Jesus percebendo o anseio do povo em encontrar um líder, um herói como aqueles da história de Israel, pergunta:



"Que saístes a ver no deserto? Um calho agitado pelo vento? Mas que saístes a ver? Um homem trajado de vestes luxuosas? Eis que aqueles que trajam roupas preciosas, e vivem em delícias, estão nos paços reais. Mas que saístes a ver? Um profeta? Sim, vos digo, e muito mais do que profeta (Lc 7.24-26)". Terminado seu sermão, Jesus afirma que não houve maior do João Batizador. Esta seria uma informação boa para dar a João Batizador, porém eles saem antes da pregação de Jesus Cristo.


Neste sermão de Jesus aparecem três tipos de ícones, daqueles que vemos hoje em nossas igrejas, nas ruas, no trabalho, nas "células" de reúniões. Três, mas apenas um é chamado de profeta. Outra coisa visível na época de Cristo, e que não mudou nestes dois mil anos, é o anseio do povo em escolher o seu "verdadeiro" homem de Deus, seu ícone, seu Gamaliel. A maioria gostaria de ver o tipo "galho agitado", e como temos galhos agitados em nossas tribunas, não é verdade? Outra parte considerável almejava ver o top de linha, que Jesus nomeia como "homem trajado de vestes luxuosas", daqueles que ficam hospedados em hotéis pagos pela igreja anfitriã, que não entram pela porta da frente da igreja, snobs, arrogantes, enfim. E como cresce esse segmento de atrações "que saístes a ver" na atualidade. Mas não se preocupe pois tal busca já existia a dois mil anos. E no povo crente de Israel. É o que nossa carne busca. Por isso Jesus ensina sobre renúncia. O terceiro interroga Jesus: Um profeta? pois a história judaica provava que a vida dos homens de Deus que tinham este título não era fácil.


O que ouvimos na igreja? Profecias ou profetadas? Com certeza profetadas. Já ouvimos alguém falar ao pastor, dirigente, pregador famoso, ou qualquer membro independente da função que ocupa: "Se conserte senão morrerás (material ou espiritualmente)?" . Ou como Pedro: "Por que encheu Satanás o teu coração...?". As profecias que ouvimos sempre são de coisas boas. Bençãos à igreja, ao fulano, ao cantor, ao dirigente do departamento, etc que só consolam. Não corrigem, muito menos edificam. Lembrei do grande pregador televiso dos anos 80, Jimmy Swegart. Em Joinville, onde morava e cresci, toda segunda feira tinhamos que aguentar nossa professora de ensino religioso, que é da AD e "roxa", comentar e falar coisas excelentes do grande pregador. Quando o Fantástico mostrou aquelas imagens horríveis do referido pregador cometendo adultério, a vida de minha ex-professora mudou. Morreu o pregador, morreu a pobre professora também.

A Palavra de Deus sempre ensinou como se conhece um profeta verdadeiro, e se a palavra que falou é de Deus. Está em Dt 18.21, 22: "Como conheceremos qual seja a palavra que o Senhor falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás". Esto foi um dos motivos pelos quais João enviou seus discípulos a Jesus, somente verificar aquilo que todos comentavam a respeito de Cristo. Pena que nossa época é de profetas nômades. A igreja descobre que o profeta não era de Deus apenas quando os frutos deixados por ele aparecem. Escândalos, heresias, adultérios e até estelionato. E quem convidou o tal diz que a culpa é do pastor dirigente.

E o que não dizer do profeta Natã? Para acusar alguém de adultério era necessário testemunhas. Mas acusar o rei de Israel de adultério? Sem provas como o vídeo do Jimmy Swegart? Sem testemunhas? Só porque era profeta de Deus? A maioria não iria acreditar em Natã. Até os mais justos e piedosos judeus crentes duvidariam do profeta de Deus. Como acontece hoje. Cana abalada? Homem de roupas de grife? Mesmo por maior intimidade que tenhamos com o Criador, duvidamos dos profetas, ainda mais quando somos íntimos dos envolvidos. Lembrando que adultério era pecado capital, digno de morte quem cometesse tal pecado, fosse quem fosse, pois a lei era pra ser imparcial. O que faria Natã?

Ele conta uma história dramática ao rei. E termina assim a história: "e este, não querendo tomar das suas ovelhas e do seu gado para guisar para o viajante que viera a ele, tomou a cordeira do pobre (2° Sm 12.1-4)" . Veja que após o veredito que o rei dá ao rico da história, Natã profetiza: "Assim diz o Senhor". Davi reconhece seu pecado e Natã afirma que Deus o perdoou. Porém uma coluna de consequências seguiriam o rei até a sua morte.

Teríamos coragem de falar isso aos grandes em nossas denominações? Hoje, duvido, pois existem advogados prontos a abrir processos seja a quem for, desde que contratados para tal. Daí o "profeta" de mentira não ter coragem para tão corajoso ímpeto. O profeta de Deus fala, mesmo que lhe custe a vida.

No texto base deste artigo ocultei duas palavras, "ESCRIBA e FARISEU". Escriba, como a própria raiz revela seriam para nós os escritores de hoje, que por seus ensinos e livros sentem-se a vontade, cheios de inspiração e livres para denegrir a imagem do verdadeiro profeta. Fariseu é o crente realmente (Tg 2.19), daqueles que não cessam de ler a Bíblia, de ir a igreja, de se mostrar diferente pela aparência, entre outras qualidades. Mas só isto não é o bastante para ser seguidor de Jesus. Ele ensina: "Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, é semelhante ao homem que, edifica sua casa sobre a Rocha (Lc 6.47-48)". Assim resplandece a verdadeira luz de Cristo, praticando.

Praticar a Palavra, coisa que fariseu e escriba não tinham costume. Pena que Jesus os lembra que estavam como sepulcros, mas o interior Deus conhecia. Jesus ainda aperta mais a ferida quando diz que "exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade. Hipocrisia e iniquidade! Como somos hipócritas!!! Também afirma Jesus que quem matou os profetas foram seus pais. Mas eles contudo adornavam os túmulos dos mesmos, e ainda afirmavam que "se estivéssemos presentes no passado, jamais concordaríamos com tal coisa", demonstrando como a hipocrisia cheira mal mesmo as narinas de Deus. Será que já ouvimos líderes falando assim, "se estivéssemos ..."? Claro. Um exemplo é o do advento da Televisão. Quantos foram mortos espiritualmente só porque compraram uma televisão, dos anos 50 até final de 80? Muitos, mas o que se ouve é que "se tivéssemos vivido naquela época..." , sem ao menos recordar-se dos grandes "ismos" com os quais matou alguém.

Como Satanás fez com Jesus Cristo, usamos a Palavra de Deus para matar os verdadeiros profetas. "Está escrito", "no texto e no contexto", "a hermenêutica do blá-blá-blá..." e os profetas verdadeiros são mortos, e as profecias verdadeiras quase que desapareceram. Mas o que diremos se estamos com a verdade nas mãos? A resposta de Jesus a Satanás foi: "Também está escrito"

Por isso Jesus falou aos doze: "Vocês receberão cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com tribulações e perseguições; e no mundo vindouro a vida eterna (Mc 10.30)". Assim crêem os verdadeiros profetas de Deus.