sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"O mestre primeiro faz, depois ensina como faz" - Provérbio chinês

O mundo globalizado mostra uma tendência no setor cristão: os grandes mestres. Existem muitos pastores, conferencistas, evangelistas, cantores, professores, enfim, uma gama de títulos que fazem discípulos todo dia. A cada pregação, estudo, livro lançado no mercado, louvores no TOP LIST, métodos de ensino ou discipulado, esses "mestres" fazem seus discípulos. E os discípulos, baseados na pregação, na conferência, no louvor e música, etc, não conseguem avançar rumo ao alvo, pela falta do ítem mais necessário quando há mestre e discípulo: o exemplo, ou "know how".

Muitos dizem que Jesus foi o maior fazedor de discípulos. Mas como Ele fez isso? Pelo exemplo. Ele disse: "Eu, sendo Senhor e Mestre... vos dei o exemplo, para que vocês façam assim (Jo 13.14,15)". A pedagogia de Jesus se baseava na tese de mestrado dele: . Tudo que Ele disse, ensinou, pregou, havia acontecido antes na vida dele. E Ele aplicava sempre a FÉ em Deus para passar os problemas. Vejamos o que Ele viveu antes para ensinar depois:

1-submissão a autoridade: João Batista disse: "Não posso batizá-lo, pois não sou digno". Jesus responde: "Temos que cumprir toda a justiça", isto é, o que está escrito na LEI (todo AT). E o Mestre é batizado, para depois ensinar: dai a César o que é dele; e a Deus o que é dele também; façam o que os sacerdotes falam"

2-não viver ansioso: depois do batismo Ele é tentado. O diabo diz: transforme as pedras em pão, poque você está com fome. Jesus responde: o homem não vive só de comida, de pão. Depois Ele ensina: não fiquem ansiosos, pois o Pai dá o mantimento para vocês. Ele tinha fome, pois ficou 40 dias sem comer. Mas esperava um banquete que seria dado por Deus.


3-estar na vontade de Deus: o diabo diz, após colocá-lo no pináculo do templo: pula daqui, pois os anjos vão te guardar. Jesus responde: Tentar a Deus, Eu? O barco no meio do mar da Galiléia, os discípulos temerosos de perder a vida, e Jesus dormindo sossegado, porque Ele ensinou que não devemos nos preocupar com a vida e sim, confiar em Deus e na vontade dele. No momento mais difícil em sua vida, Jesus ora e diz: Pai, estou tão aflito! Se possível, me ajude. Mas faça a tua vontade, não a minha.

4-adorar apenas a Deus: o diabo então diz: tudo isso é teu, tudo, apenas me adore como seu senhor. Jesus se indigna e diz: Vai-te daqui. Eu só adoro a Deus! Ele aprendeu aqui, e sobre muita pressão, que apenas Deus merece adoração. E todo ministério dele foi assim pois jamais aceitou o louvor dos hipócritas, nem a bajulação deles (Lc 11.27). Também nunca agradou os mestres ou sacerdotes para falicitarem seu ministério. Ele ensinava assim, pois sua vida era assim.

Jesus diz: "O discípulo não é maior que o seu Mestre". Jamais teremos a capacidade de sermos maiores que Jesus Cristo, jamais. Isto é fato e não entrarei nesse mérito. Comentarei a segunda parte do verso que diz: "todo aquele que for perfeito, será como seu Mestre". Esta perfeição está diretamente ligada ao nível de ver o Mestre fazer, e procurar fazer igual. E o maior exemplo não são os milagres, as curas, as maravilhas. O exemplo maior em se tornar um discípulo verdadeiro está na atitude de lavar os pés dos outros, no amor pelos outros, no fazer bem aos outros. O restante, os milagres, são apenas detalhes daquilo que Jesus realmente quer de nós, que é doar-se pelos outros, dar-se aos outros.

E o contexto didático do Mestre está naquilo que ele falou após lavar os pés dos doze: "Eu, sendo Senhor e Mestre". O que mais vemos é um retórica quando chega o momento de comentarmos este texto, e similares. Os grandes, e os que se acham grandes, sempre na sua retórica, afirmam que estão ali para servir. Eles ensinam coisas tremendas e os ouvintes tentam fazer tudo que eles ensinam. Mas pela falta de referência prática, esses discípulos ficam sem rumo, sem um ponto norte, e terminam por duvidar de tudo aquilo que aprenderam. Por quê? Porque este "estar ali para servir" é apenas blá blá blá, é falácia, é coisa de sacerdote de Mateus 23.2.

Jesus nunca deixou seus discípulos com dúvida. Ele dizia: "Eu afirmo a vocês (NTLH)", porque Ele havia feito muito tempo antes e por isso podia ousar em garantir isso. Ele dizia que "se você fizer isso, será isso, e será isso, se fizer isso", porque Ele já havia feito aquilo que estava ensinando. Ele fez suas teses com relação a , provou-as, e viu que tudo "será bom", quando usarmos a pequena FÉ que possuímos.

Tudo que Jesus ensinou Ele fez primeiro. Sabe por quê? Porque Ele é o Autor da . Tudo aquilo que Ele ensinava era baseado na . Parece um paradoxo com a religião judaica da época, porque corria um ditado nas ruas que dizia: "a fé remove montanhas". A religião ensinava que os abençoados financeiramente, entre outras coisas, era devido a sua "grande" fé. Esse era o motivo de os religiosos serem vistos como grandes homens de Deus. Os pobres e doentes, ao contrário, tinham rótulo de não crer em Deus. Este foi o motivo de Jesus dizer que "se sua FÉ for pequena, insignificante, mas verdadeira em Deus, ela (e agora ele usa o ditado deles) "a FÉ, remove montanhas". Não precisa ser grande, mas verdadeira.

E o ministério de Jesus termina quando ele ressuscita dos mortos e diz para si mesmo: "Posso concluir minha tese sobre FÉ, pois ela é verdadeira. Eu disse que daria a minha vida e teria poder para tomá-la de volta, e devido a minha em Deus, meu Pai, eu consegui isso". E apresenta sua tese ao Pai. Ele é também o Consumador da , pois tudo que ensinou baseado em crer no impossível aconteceu. Esse é o meu Mestre. Nele eu posso confiar.

Elizeu Rodrigues

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Verdadeiro Adorador

“Onde encontrar os verdadeiros adoradores? Onde eles estão? Onde eles adoram?”


Estamos vivendo dias de derramamento do Espírito de Deus. Será por isso que confundimos manifestação do Espírito com “verdadeiros adoradores?”
Em nossos cultos, em grandes congressos, cultos festivos e nos domingos a noite, ouvimos muito se dizer que “os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em Espírito e em verdade”. Mas será que é fácil encontrar verdadeiros adoradores, ou eles só se reúnem nos congressos, e nos domingos a noite?

Vivemos dias onde um “verdadeiro adorador” é medido pela sua conduta nos cultos, pela quantidade de glórias que dá, pelos hinos de “fogo” que mexem apenas com a emoção. Perceba que se alguém canta um hino da harpa, esses verdadeiros adoradores nem abrem a boca. E o que dizer dos cultos de oração, escola dominical, consagração – esses tais adoradores passam por longe.

Infelizmente virou moda nos cultos, hinos que mexem apenas com o emocional. Pessoas que quando estão em destaque dão um verdadeiro show de adoração. Porém, ao sentar-se, são como pedras de gelo. Somos templo do Deus vivo. E é impossível o Senhor habitar num templo sujo como sepulcros.

Quando Jesus encontra a mulher samaritana, ela lhe pergunta: “Senhor, onde devemos adorá-Lo (o Pai), no templo ou no monte? Jesus responde: “Creia que está chegando a hora em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em Espírito e em verdade”. Ele sempre se referiu a um espírito voluntário, quebrantado, que não espera lugar nem ocasião para adorar a Deus. Um verdadeiro adorador não precisa estar em foco para adorar a Deus. Ele adora com ou sem platéia, com microfone ou sem, com oportunidade ou sem ela.

Somos morada, casa, templo, habitação do Senhor. Não importa onde estivermos: em casa, escola, no serviço, na igreja. Seja onde for, se o Espírito de Deus habita em nós. Onde estiver a nossa mente (alma e espírito em sentimento, não na emoção do coração), estaremos sempre adorando a este Deus vivo. Comece então agora mesmo a adorá-Lo, pois o Pai procura os verdadeiros adoradores, para fazer neles morada e habitação. Será que Ele já encontrou você?


Márcia dos Santos de Oliveira, maestrina do Coral Nova Luz, aluna da classe Dorcas

Textos extraídos dos informativos nº2, 3 e 4, do tópico "Sem dúvida, me direis este provébio" (Lc 4.23)

Onde edificamos nossa casa?

Um provérbio árabe me prendeu a atenção: “Uma coisa estranha é um viajante querer construir uma casa na estrada”. Li este provérbio na sala de exposição, na empresa onde trabalho, na semana em que mais me dediquei a minha função, pois “o grande evento do mês assim exigia”.

Preocupações, ansiedades, correria, pesquisas, viagens, noites em claro... Busca pelo êxito, para se concretizar uma idéia, um projeto... Tudo pronto!... Cansaço...

O provérbio me prendeu a atenção, me fez lembrar da minha condição de peregrina, da vaidade desta vida, e da eternidade... Senti desejo de orar, de congregar... Senti-me negligente quanto aos trabalhos da igreja local, que tem a finalidade de me edificar espiritualmente... Senti-me sobrecarregada... Em meu coração ecoou a comparação feita por Jesus em Lc 6. 47-49. Refleti:
“Onde estou edificando minha casa? Na Rocha, em Cristo, na ou para a eternidade? Ou... na areia, sobre terra sem alicerces, sem firmeza, na estrada, transitória?”

Em minutos, o Espírito Santo me alertou sobre a importância de se ouvir e praticar as palavras de Jesus – “Ajuntai tesouros nos céus; Pensai nas coisas que são de cima...”. Me exortou sobre o ato de VIGIAR: “Vigiai, pois não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor (Mt 24. 42)”. E me consolou: “Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, credes também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas... (Jo 14.1,2a)”.

Já temos uma “casa”, sabemos que ela está nos céus (Fp 3.20). Deixemos os “embaraços desta vida” e sigamos firmes até o fim!

Rosemeire de F. V. Martins Nogueira, pedagoga, professora da Classe Juniores

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Verdade e seus autores


Um louvor do novo som, Autor da Verdade, diz: Não existe paz quando se faz a guerra! Vivemos num mundo cristão de verdades aparentes, de verdades da forma como nos ensinam, de verdades que para o "autor" da verdade, Jesus Cristo, entram naquilo que ele diz: "O que está escrito, como lês?". Estamos presos a verdades do tipo hipotéticas, que aguardam provas para se tornar teorias, e da teoria entrar no rol das leis universais. Mas por que toda essa dificuldade em aceitar a verdadeira verdade, que o próprio autor da hipótese a testou, e passou, após comprovar toda sua teoria, que a verdade do Cristo é universal? Porque, como o farizeu, estamos com a nossa verdade no coracão, do jeito que a gente lê - interpretamos, ou nos ensinam, enfim.

Em Lucas 10.25-37 está uma parábola surpreendente. "Mestre, como entro no céu?", pergunta um crente de carteirinha no Deus de Abraão, e Jesus devolve outra pergunta: "O que está escrito? Como lês?". Ele fala corretamente e Jesus concorda e somente diz: "Faca isso então, e viverá". Como ele lia a escritura? Como ele interpretava a escritura?, pois ele tem a cara de pau de, meio envegonhado, perguntar: "E quem é o meu próximo?". Jesus então conta a história que vocês já sabem. No fim da conversa, Jesus pergunta para ele: Quem você acha que foi o próximo "do homem" assaltado? e ele diz, com muita dor no coracão: "Foi aquele que usou de compaixão para com ele". E eu vejo Jesus fazendo uma provocacão: "Quem foi mesmo?". E ele diz: "Mestre, o samaritano, o samaritano foi o próximo". E Jesus termina dizendo: "Vai então, e faz da mesma maneira", isto é, ame o samaritano.

Jesus conseguiu fazer um farizeu admitir que o samaritano era o seu próximo, e ele teria que amá-lo, da mesma forma que ele ama a Deus. Hahaha, Jesus é maravilhoso. Pena que esse farizeu jamais iria amar um samaritano, jamais, a não ser que ele cresse em Jesus realmente. Isto porque o farizeu já tinha a verdade dele, da forma como ele lia na bíblia, e da forma como ele foi ensinado por seus mestres. Ele, no momento de sua justificativa, pergunta: "Quem é o meu próximo?". Como alguém que sabe que deve amar a Deus e ao seu próximo, não sabe quem é o seu próximo? Então com certeza ele não conhecia seu Deus também, pois Jesus criou suas teses com base matemática: x-y=0, ou Deus=próximo+amor.

Verdade, o que é a verdade? é uma das perguntas mais cheias de ingredientes para várias teses, e Pilatos pergunta ao próprio autor da tese. Mas o autor se cala poque Pilatos não entenderia a fórmula da equacão do samaritano, apesar de pilatos, como governador e romano, possuir todo conhecimento matemático da época. Pilatos tinha a verdade da lei, mas ele tinha também a verdade do Cézar, a verdade do povo judeu, a verdade do seu palácio, e outros tantos de verdade que se possa imaginar.

Você também deve estar como Pilatos, num mundo cheio de verdades. Mas se a sua verdade for como a do farizeu, que não sabe nem quem é o "x" nem o "y" da equacão, jamais poderá dizer que sabe quem é o autor da verdade, o meu Senhor Jesus Cristo, ou que ama a Deus acima de todas as coisas. A equacão só vai ficar igual a ZERO, quando as duas incógnitas se tornarem números inteiros naturais racionais, e eu puder visualizar no meu próximo, que como Jesus ilustrou, era alguém odiável ao fariseu, a mesma imagem e semelhanca do meu Deus. Esta é a questão. Tenho que ver Deus naquele que mais me despreza, naquele que mais me prejudica, naquele que um dia poderá me ajudar. Essa é a verdade com "V" de verdade universal mesmo, não com "V" de "quem é o meu próximo, Senhor?".

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

E afirmo para vocês! - Jesus, versão NTLH

Li um artigo interessante do Pr Ciro com título "Para Lucas 16.9 a minha resposta é 'não sei'". Depois viajei um pouco a 4 anos, quase 5, quando comecei a me perguntar: por quê? Meus por quês eram interessantes, pois eu ficava em conflito com aquilo que eu havia aprendido desde a infância, e que consumei com os cursos teológicos. Eu colocava o aprendizado teológico com a didádica do Mestre e as coisas não se juntavam, não batiam. 

Jesus nunca deixou ninguém em dúvida com aquilo que Ele dizia. O jovem rico, ao ouvir a explicacão do Mestre, vai embora. Ele entendeu que deveria abrir mão daquilo que mais amava, para seguí-lo, e Jesus pregava a renúncia. O apóstolo João também afirma, da forma como aprendeu com Jesus, que "o amor lança fora o temor, porque o temor traz consigo a pena, o juízo". Dúvidas nos deixam atemorizados. Por quê? Porque a dúvida é ou costuma ser algo tenebroso, escuro, falta de luz, de verdade. E ficamos perdendo tempo com dúvidas (eu já fiz isso) quando poderíamos apenas acender uma vela ou aguardar o dia clarear. Lutamos no escuro, com pouca visão daquilo que estamos enfrentando.

Jesus não disse: bem aventurados os que sabem tudo, que não tem dúvida alguma, que eles... mas sempre afirmou que aquele que ouve, guarda e pratica jamais ficaria com dúvidas ou preocupado, se cresse em Deus e nEle também (Jo 14.1). Eu adoro a Bíblia sagrada, contudo, para cultivar os relacionamentos interdenominacionais, corriqueiramente ela fica como a quinta coluna. Afasta, ao invés de aproximar.


Por isso, como diz Jesus, "eu (Elizeu) afirmo para vocês" que Salomão tinha razão quando disse que "o muito estudar enfado é da carne". Ao invés de nos libertar, nos prende! E o filho de José carpinteiro diz: "se você permanecer na minha palavra, será meu discípulo de verdade, e conhecerá a verdade, e a verdade te libertará (Jo 8.31,32)". Verdade é sinônimo de luz, e a luz liberta mesmo. Agora, expeculações, minha opinião, aquilo que eu aprendi, aquilo que quero ensinar, enfim, só deixam o "fardo leve" de Jesus Cristo um pouco mais "pesado".