terça-feira, 28 de junho de 2011

Usa-me, Senhor!

Jesus sempre criticou aqueles que gostavam de aparecer entre seus parceiros. Ele dizia que eles apreciavam sentar nos primeiros assentos, terem reconhecimento de mestre, serem honrados quando "davam ofertas", etc, etc, etc. Infelizmente todos temos um pouco de orgulho. Pena que muito das vezes esse orgulho nos faz mal e nem percebemos. Jesus dizia: "Eu não busco a minha própria honra".

Comecei desta forma pois gostaria de relatar algo interessante que aconteceu comigo na última quinta-feira dia 23. O casal proprietário da casa que alugamos em Bergen, Norway, são cristãos e cooperam com trabalhos de auxílio à pessoas viciadas em drogas, e a Noruega sofre muito com este problema hoje. Eles haviam nos convidado e já estava tudo certo, inclusive que eu teria oportunidade para ministrar algo sobre o amor de Deus, com meu amigo ao lado para traduzir para o norueguês.

Pena que a empresa onde meu amigo trabalha solicitou que ele fosse trabalhar no horário integral do dia, o que ocasionou que eu estaria sozinho num local desconhecido, com um inglês ainda precário e fraco. Entretanto, fiz um esboco daquilo que eu poderia falar, em inglês, baseado em João 9.35 - "Crês no Filho de Deus?", quando Jesus faz a pergunta mais crucial de nossas vidas. Ao menos eu estava preparado para uma oportunidade, caso ela surgisse.

Indo ao local de internato dos dependentes químicos, conheci dois missionários, um do Sry Lanka, no pacífico próximo à Ìndia, chamado Donald e outro de Eritrea, leste da África, chamado Benjamin. Dois homens de Deus bem distintos entre si, porém super "gente boa". Mas eu estava tão travado por não poder me comunicar muito bem com eles, que a princípio isto foi um peso. Entretanto, o Benjamin falava também italiano e inglês, e conversamos um pouco, "capisce".

No centro de apoio a dependentes químicos, conhecemos os internos, as instalacões, a igreja onde todos cultuam a Deus. Depois que almocamos, o missionário Donald conversava com um jovem chamado Peter, à mesa, enquanto degustávamos uma sobremesa. Eu entendia pouco o que eles falavam, mas compreendi quando Peter disse algo sobre crêr, acreditar, e vi que poderia, se tivesse oportunidade, colocá-lo frente a frente com a pergunta de Jesus: "Crês no Filho deDeus?". De repente ele sai da cozinha e vai para fora fumar um cigarro.

Engracado que quando eu vi já estava frente a frente com ele e sua esposa, Mary, fazendo a pergunta: "Do you believe in Jesus?"-Você acredita em Jesus? Aquele esboco em inglês estava no bolso de meu terno. Tirei e fiquei perguntando e ouvindo aquilo que ele falava. Depois perguntei-lhe: "_Peter, do you know John 3.16?"-Você sabe este verso? E disse que sabia e falou pra mim. Quando ele terminou de falar o versículo, eu disse a ele que "that whoever has faith in Him", ou seja, todo aquele que crê em mim, que crêr em Jesus. Expliquei-lhe outras coisas. Ele falou sobre dificuldades, sobre os vícios, sobre montanhas, etc. Eu disse pra ele que o problema "it's the climb" é a subida, a subida é o problema.

Depois fomos a oracão e os internos estavam lá. Houve um momento de louvores, depois um período de oracão muito bom. O Benjamin me falou que eu devia colocar minhas mãos em determinada pessoa. Eu fiz como ele falou, porém eu sempre esperava por essa oportunidade. Minha família sabe que eu creio demais no Deus de milagres. E como o Benjamin sabia disso? Ele pouco falou comigo, mal nos conhecemos? Isto se chama Reino de Deus. Todo o cidadão do Reino faz conforme determina seu Rei.

E antes disso, lembro que após o momento de oracão, o missionário Donald pegou minha bíblia, abriu em Jeremias 1.5, mostrou-me e pediu para eu ler: "Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e antes que saísses da madre te santiquei, e as nacões te dei por profeta". Jeremias fala para Deus no verso 6, da forma como eu me sentia nesse momento: "Eu não sei falar, Senhor!". Eu me sentia assim, travado por não poder falar da maneira como eu gosto de falar. Mas o Deus dos 300 homens, e não estou falando de Leônidas e seus 300, e sim de Gideão, faz como melhor lhe apraz. Oramos, coloquei as mãos no nome de Jesus e aconteceu o milagre.

Depois, às 23 horas, estavámos nos despedindo do pessoal. Peter e sua esposa pediram para falar a sós comigo, e com o Benjamin para interpretar um pouco para mim. Ela me falou muitas coisas que sentiu, desde a maneira quando os abordei, até o momento da oracão. Disse coisas que honram demais a Deus. Glória a Deus! No final, eu disse: It's our work, only this! E terminei dizendo: I will come back! Ela disse em português: "Obrigado!" Eu voltarei lá em Julho e passarei alguns dias com eles. Obrigado Deus, obrigado!

"... mas quem busca a glória daquele que o enviou, esse é verdadeiro, e não há nele injustica (Jo 7.18)"

"Ao que esta assentado no trono, e ao Cordeiro, sejam dadas honras e glórias e louvor, para sempre (Ap 5.13)"

terça-feira, 7 de junho de 2011

Pedi ... e buscarei: Deixe-me morar aqui, nestre!

Ontem estava lendo o salmo 27, o qual conheco a muito tempo, desde crianca. Engracado: a presenca de Deus quando buscamos seu conforto é tremenda. Fiquei analisando aquilo que Davi relata sobre os conceitos de Deus pra ele. Por alguns momentos meu pensamento tentou ir ao coracao do menino Davi. Consegui uma visao melhor daquilo que ele define sobre Deus e sua certeza de coragem e forca, quando vi Deus pelos olhos de Davi. Ele escreve:

"O Senhor é a minha luz, a quem temerei?". Luz, sinônimo de transparência, de verdade, de liberdade, de ausencia de medo, enfim, foi a maneira como o rei Davi quis mostrar o porquê de sua coragem, de suas atitudes em relacao as pessoas. Se Deus é sua luz, o que ele, como menino temeria? Foi este conceito de Davi sobre Deus, como a luz que nao confunde seus filhos, o último empuraozinho que eu precisava. Medo, eu? O mundo é trevas, escuro, mas o Senhor é a minha luz.