segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

"Está com defeito de fabricação"

Assistindo ontem (28/12/08) ao programa "Tempo de Avivamento", na Rede TV, aprendi algo sobre a famosa frase do Pr Marco Feliciano, e gostaria de compartilhar com vocês. A frase, uma das mais famosas dele, é: "Pentecostal que não faz barulho está com defeito de fabricação".

"Defeito de fabricação". Estas palavras me levaram a meu início ministerial, à indústria de pastores de fogo, de homens de frases de impacto, e a um rebanho à merce de lobos em pele de cordeiro.

Deus, nosso Senhor, fabrica crente pentecostal? Creio que não. Deus não é indústria com certificação ISO ou política Sustentável. Se fosse assim, todo pentecostal com "defeito de fabricação" deveria ser substituído por outro mais barulhento, ou ser devolvido ao fabricante, que no caso da frase, é o próprio Pentecostalismo. E ser consertado, ou ter troca de peças e muito mais.

Mas você que frequenta "igreja do barulho" sabe que o povo produz o meio cristão em que vive. E tudo isso, frases de arromba, pregadores e cantores "reteté", etc, etc, etc, parte da tradição da igreja, do costume e da moda da mesma. E se alguém fala contra tais modismos, mostrando até biblicamente, esse alguém é escrachado, da mesma forma que o povo crente judeu fez com Jesus Cristo, que era tido como homem pecador, amigo de pecadores e beberrão.

Minha conclusão então é esta: Se você faz barulho, muito barulho, sempre a pedido dos tribunos (o Faustão da igreja - aquele que está com o microfone), é um produto ISO 1000. Foi fabricado dentro das normas, inclusive InMETRO religioso, e tem valor agregado em seu meio cristão de "homem ou mulher de Deus", daqueles de primeira qualidade. E seguindo esta linha de interpretação, estará com uma grande chance de ser reprovado por Deus, pois Ele não é fabricante deste tipo de "ser religioso". Ao contrário, sempre reprovou tais tipos de pessoas e suas atitudes, onde o maior exemplo está no povo escolhido por Ele para revelar o seu amor ao mundo, através de seu filho Jesus Cristo.

Finalizando então, com ou sem defeito de fabricação, estas pessoas estão longe de ser produto da regeneração através do evangelho de Cristo Jesus, que tem na RENÚNCIA, na CRUZ e no AMOR as faces de um triângulo equilátero sólido de Platão, onde a base está na frase que indica se somos ou não dEle:
"Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, é semelhante ao homem que edifica sua casa sobre a Rocha" (Lc 6.46-48)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Sou Grato a Deus

Agradeço do fundo do coração a uma menina que admiro muito, Mayalu Felix, do Blog da Maya, por ter-me concedido o selo Blog de Ouro e o Prêmio Dardos, a este blog.


Como é necessária a indicação de 15 blogs, conforme a regra, indico também estas duas premiações, aos seguintes blogs:



Ressaltamos, conforme escrito no Blog da Maya, que o Prêmio Dardos é importante, pois faz com que se reconheçam os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web.

Quem recebe o Prêmio Dardos e o aceita deve seguir algumas regras:

1. exibir a distinta imagem
2. linkar o blog pelo qual recebeu o prêmio
3. escolher quinze (15) outros blogs a que entregar o Prêmio Dardos.


No caso do selo Blog de Ouro, aplicam-se as mesmas regras.
E que Deus conceda aos nossos corações vivermos em unidade e novidade de vida, pois os dias estão ficando nublados!!!

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Dura é a vida de um verdadeiro profeta

"Ai de vós, ... e ... , hipócritas! porque edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos, e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no derramar o sangue dos profetas. Assim, vós testemunhais contra vós mesmos que sois filhos daqueles que mataram os profetas (Mt 23.29-31)"



O mestre Jesus separava o antigo testamento em duas partes somente: Lei e profetas. Nós, os teólogos, a separamos em três, como os judeus doutores da lei faziam: Lei , poesia e profetas. A parte do Tenak que Jesus defendia era a dos profetas. O restante era lei. Por que? Porque os profetas que foram usados por Deus faziam um pouco do que Ele ensinou: renúncia. João Batizador é o exemplo mais prático da vida de um profeta autêntico. Suas roupas, sua moradia, sua família nobre, mas, principalmente por suas palavras. Ele é preso e morre por falar a verdade ao rei da Herodes. Não vemos profeta algum falar a verdade aos canditatos quando estão nos "primeiros assentos nas igrejas (Mt 23.6)", não é mesmo, mas isto não vem ao caso.

Quando João Batizador está preso e aguardando o veredito de morte, envia dois de seus discípulos a Jesus. Seus discípulos vão e observam o Mestre por um dia todo. Voltam com a nova a João Batizador no cárcere, com a certeza de que Ele é realmente aquele que "havia de vir (Lc 7.20)". Só que os dois não observam o ponto ápce do encontro, pois o texto revela que, "e, tendo-se retirado os mensageiros de João (Lc 7.24)", Jesus faz uma homilia ao povo. Jesus percebendo o anseio do povo em encontrar um líder, um herói como aqueles da história de Israel, pergunta:



"Que saístes a ver no deserto? Um calho agitado pelo vento? Mas que saístes a ver? Um homem trajado de vestes luxuosas? Eis que aqueles que trajam roupas preciosas, e vivem em delícias, estão nos paços reais. Mas que saístes a ver? Um profeta? Sim, vos digo, e muito mais do que profeta (Lc 7.24-26)". Terminado seu sermão, Jesus afirma que não houve maior do João Batizador. Esta seria uma informação boa para dar a João Batizador, porém eles saem antes da pregação de Jesus Cristo.


Neste sermão de Jesus aparecem três tipos de ícones, daqueles que vemos hoje em nossas igrejas, nas ruas, no trabalho, nas "células" de reúniões. Três, mas apenas um é chamado de profeta. Outra coisa visível na época de Cristo, e que não mudou nestes dois mil anos, é o anseio do povo em escolher o seu "verdadeiro" homem de Deus, seu ícone, seu Gamaliel. A maioria gostaria de ver o tipo "galho agitado", e como temos galhos agitados em nossas tribunas, não é verdade? Outra parte considerável almejava ver o top de linha, que Jesus nomeia como "homem trajado de vestes luxuosas", daqueles que ficam hospedados em hotéis pagos pela igreja anfitriã, que não entram pela porta da frente da igreja, snobs, arrogantes, enfim. E como cresce esse segmento de atrações "que saístes a ver" na atualidade. Mas não se preocupe pois tal busca já existia a dois mil anos. E no povo crente de Israel. É o que nossa carne busca. Por isso Jesus ensina sobre renúncia. O terceiro interroga Jesus: Um profeta? pois a história judaica provava que a vida dos homens de Deus que tinham este título não era fácil.


O que ouvimos na igreja? Profecias ou profetadas? Com certeza profetadas. Já ouvimos alguém falar ao pastor, dirigente, pregador famoso, ou qualquer membro independente da função que ocupa: "Se conserte senão morrerás (material ou espiritualmente)?" . Ou como Pedro: "Por que encheu Satanás o teu coração...?". As profecias que ouvimos sempre são de coisas boas. Bençãos à igreja, ao fulano, ao cantor, ao dirigente do departamento, etc que só consolam. Não corrigem, muito menos edificam. Lembrei do grande pregador televiso dos anos 80, Jimmy Swegart. Em Joinville, onde morava e cresci, toda segunda feira tinhamos que aguentar nossa professora de ensino religioso, que é da AD e "roxa", comentar e falar coisas excelentes do grande pregador. Quando o Fantástico mostrou aquelas imagens horríveis do referido pregador cometendo adultério, a vida de minha ex-professora mudou. Morreu o pregador, morreu a pobre professora também.

A Palavra de Deus sempre ensinou como se conhece um profeta verdadeiro, e se a palavra que falou é de Deus. Está em Dt 18.21, 22: "Como conheceremos qual seja a palavra que o Senhor falou? Quando o profeta falar em nome do Senhor e tal palavra não se cumprir, nem suceder assim, esta é a palavra que o Senhor não falou; com presunção a falou o profeta; não o temerás". Esto foi um dos motivos pelos quais João enviou seus discípulos a Jesus, somente verificar aquilo que todos comentavam a respeito de Cristo. Pena que nossa época é de profetas nômades. A igreja descobre que o profeta não era de Deus apenas quando os frutos deixados por ele aparecem. Escândalos, heresias, adultérios e até estelionato. E quem convidou o tal diz que a culpa é do pastor dirigente.

E o que não dizer do profeta Natã? Para acusar alguém de adultério era necessário testemunhas. Mas acusar o rei de Israel de adultério? Sem provas como o vídeo do Jimmy Swegart? Sem testemunhas? Só porque era profeta de Deus? A maioria não iria acreditar em Natã. Até os mais justos e piedosos judeus crentes duvidariam do profeta de Deus. Como acontece hoje. Cana abalada? Homem de roupas de grife? Mesmo por maior intimidade que tenhamos com o Criador, duvidamos dos profetas, ainda mais quando somos íntimos dos envolvidos. Lembrando que adultério era pecado capital, digno de morte quem cometesse tal pecado, fosse quem fosse, pois a lei era pra ser imparcial. O que faria Natã?

Ele conta uma história dramática ao rei. E termina assim a história: "e este, não querendo tomar das suas ovelhas e do seu gado para guisar para o viajante que viera a ele, tomou a cordeira do pobre (2° Sm 12.1-4)" . Veja que após o veredito que o rei dá ao rico da história, Natã profetiza: "Assim diz o Senhor". Davi reconhece seu pecado e Natã afirma que Deus o perdoou. Porém uma coluna de consequências seguiriam o rei até a sua morte.

Teríamos coragem de falar isso aos grandes em nossas denominações? Hoje, duvido, pois existem advogados prontos a abrir processos seja a quem for, desde que contratados para tal. Daí o "profeta" de mentira não ter coragem para tão corajoso ímpeto. O profeta de Deus fala, mesmo que lhe custe a vida.

No texto base deste artigo ocultei duas palavras, "ESCRIBA e FARISEU". Escriba, como a própria raiz revela seriam para nós os escritores de hoje, que por seus ensinos e livros sentem-se a vontade, cheios de inspiração e livres para denegrir a imagem do verdadeiro profeta. Fariseu é o crente realmente (Tg 2.19), daqueles que não cessam de ler a Bíblia, de ir a igreja, de se mostrar diferente pela aparência, entre outras qualidades. Mas só isto não é o bastante para ser seguidor de Jesus. Ele ensina: "Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, é semelhante ao homem que, edifica sua casa sobre a Rocha (Lc 6.47-48)". Assim resplandece a verdadeira luz de Cristo, praticando.

Praticar a Palavra, coisa que fariseu e escriba não tinham costume. Pena que Jesus os lembra que estavam como sepulcros, mas o interior Deus conhecia. Jesus ainda aperta mais a ferida quando diz que "exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade. Hipocrisia e iniquidade! Como somos hipócritas!!! Também afirma Jesus que quem matou os profetas foram seus pais. Mas eles contudo adornavam os túmulos dos mesmos, e ainda afirmavam que "se estivéssemos presentes no passado, jamais concordaríamos com tal coisa", demonstrando como a hipocrisia cheira mal mesmo as narinas de Deus. Será que já ouvimos líderes falando assim, "se estivéssemos ..."? Claro. Um exemplo é o do advento da Televisão. Quantos foram mortos espiritualmente só porque compraram uma televisão, dos anos 50 até final de 80? Muitos, mas o que se ouve é que "se tivéssemos vivido naquela época..." , sem ao menos recordar-se dos grandes "ismos" com os quais matou alguém.

Como Satanás fez com Jesus Cristo, usamos a Palavra de Deus para matar os verdadeiros profetas. "Está escrito", "no texto e no contexto", "a hermenêutica do blá-blá-blá..." e os profetas verdadeiros são mortos, e as profecias verdadeiras quase que desapareceram. Mas o que diremos se estamos com a verdade nas mãos? A resposta de Jesus a Satanás foi: "Também está escrito"

Por isso Jesus falou aos doze: "Vocês receberão cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com tribulações e perseguições; e no mundo vindouro a vida eterna (Mc 10.30)". Assim crêem os verdadeiros profetas de Deus.

sábado, 27 de setembro de 2008

Quem está com a razão? Quem demonstra transparência?

Você sabe o que está falando ou é preconceituoso em relação à CPAD?
Veja se lhe ajudo com este artigo, após ouvir o que o pr Silas fala sobre a editora CPAD





A muito tempo que acompanho a trajetória de luta do pr Silas Malafaia. É bonito observar a coragem com que ele trava as batalhas espirituais, e também as batalhas dentro do movimento cristão assembleiano, em especial à cúpula da CGADB. No veículo que movimenta o mundo cristão mundial, a internet, ele é aplaudido e também rechaçado.

Mas deixando de lado este embate de gigantes, vou colocar meu ponto de vista em virtude do que já presenciei em relação a CPAD. Nossos apologistas ensinam sobre o "G 12", em especial sobre o Diante do Trono. No final de 2006, assistindo aos programas evangélicos na Rede TV, como o ICP, depois o Vitória em Cristo do pr Silas Malafaia, vi uma coisa que me deixou perplexo. No programa da CPAD, o Movimento Pentecostal Oficial, apareceu o seguinte comercial: "inauguaração de uma loja da CPAD". Até então tudo estava normal. Só que ao mostrar os departamentos da loja recém inaugurada, no campo onde vendiam CD's, por incrível que pareça apareceu o CD Esperança, do Diante do Trono. No setor de DVD's acontece outra coincidência, pois também aparece o DVD Esperança, do Diante do trono.

Então, em minha ingenuidade, pensei: "Por que a CPAD não faz comerciais dos cantores da igreja, ou da patmus music, e faz este tipo de anúncio?" pois minha preocupação foi com nossos conservos cantores. Eu fiquei sem saber o que estava acontecendo. Na semana do obreiro daquele ano, na sede aqui em Paranaguá, perguntei a um obreiro de nossa sede: "Puxa, mano, por que a CPAD faz comerciais do Diante do Trono na TV, e não dos cantores ou dos produtos patmus music?" Ele disse: "É a mídia, que por ser muito cara, faz com que aqueles que ingressam ali vendam horários para suavisar o pacote mensal".

Eu, muito ingênuo, cri que realmente fosse isso, e fiquei aliviado daquela situação constrangedora que assisti na TV. Só que no ano seguinte, em uma conversa com um professor de teologia, comentei novamente sobre aquilo que vi na TV, a CPAD fazendo comerciais do Diante do Trono. Ele me falou: "Não, isso não pode, porque eles são do G12.". Esta foi a primeira vez que ouvi dizer que o DT é G12. Guardando estas informações, em uma escola dominical, onde o assunto era caráter, aproveitei a oportunidade e citei novamente o fato à classe Moisés. Então o professor, que é um dos apologistas mais respeitados de Paranaguá, nos falou que já havia entrado em contato com a CPAD, e que ela se absteve de dar apoio sobre este assunto. E agora, quem estava com a razão? Um tempo depois, quando criei página no Orkut, entrei como membro do Movimento Pentecostal, não o oficial, e postei uma enquete para apreciação dos membros. Era assim: Por que a CPAD faz comerciais de produtos do Diante do Trono na TV?

A enquete tinha três ou quatro tipos de respostas a escolher. Passado dois ou três dias, a enquete foi apagada, conforme segue abaixo:
Cristian:
Elizeu, apaguei sua enquete na comunidade Movimento Pentecostal, pois não é verdade que o programa faz propaganda do material do Ministério Diante do Trono!Amplexos.
Elizeu Rodrigues:
Pr, sempre estou ligado no Programa Movimento Pentecostal, e sempre dou atenção as matérias, inclusive as que o pr Mesquita produz, como repórter. Aparecendo imagens na mídia, alguém recebe o dinheiro. Então tenho certeza que foi pago valor, pois apareceram imagens dos CD's e DVD's Esperança. Como não gravei a imagem, não tenho como provar. Contudo, como o rei Saul, nos justificamos sempre, e isto é um horror ao cristianismo. Fica na paz de Cristo
Cristian:
Elizeu, foi em qual programa? De que dia? Na sua enquete vc deu a entender que foi feito propaganda. No MP somente é feito propaganda dos produtos sa Casa. Vc está muito enganado.Nas filiais (livrarias) da CPAD são vendidos os CDs e DVDs da Batista da Lagoinha. Mas, não é feito publicidade paga desses produtos. Desconheço qualquer contrato de publicidade com o Ministério Diante do Trono.Por favor, antes de postar alguma coisa, e afirmar que tem certeza, confirme antes com a CPAD. Qualquer dúvida ou sugestão:http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=12106004017329836544Amplexos.
Elizeu Rodrigues:
Foi no final de 2006. Era uma nova loja de produtos CPAD, não lembro se no RJ. Mas como há edição, e mostrou exatamente na área CD, o Esperança Diante do Trono, e na área DVD o mesmo, com certeza houve marchan. Repito: se há edição, e mostrou os referidos produtos, e não os produtos da Patmos Music, com precisão aconteceu o pagamento.Mas como não gravei, faz tempo, e não lembro as matérias chaves do programa, jamais poderei provar no youtube. Eu enviaria cópias pra vcs, irmãos.
Cristian:
Elizeu, até agora não estou acreditando... Cada coisa...hahahahaValew!


E agora, quem tem razão? Eu, que assisti o programa como faço até hoje, ou o Cristian, que afirma que a CPAD não faz comerciais de produtos que não sejam da casa? A política, ou a entidade eclesiástica?

Sinceridade, sin cera, sem cera. Tem-na em ti mesmo diante de Deus, pois em relação aos partidos ou seitas dentro de uma congregação, acontece o seguinte:

Se não fazemos parte da elite, somos da oposição. Se somos da elite, "situação". É política mesmo, sem sombra de dúvidas. Onde há política, há peleja, embate. E onde há peleja política, Davi ensina assim:

"Com o benigno... benigno, e com o sincero... sincero; com o puro... puro, e com o perverso te mostrarás indomável (Sl 18.25,26)"

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Ano Eleitoral


Devemos votar em irmãos da igreja?

A história política acompanha o homem desde que ele pecou contra Deus. E ela é apenas um instrumento puramente humano, sem qualquer conotação com o sagrado, com Deus.

Ao sair do jardim do Édem, Adão é obrigado a fazer uma das coisas que o Criador havia ordenado: "sujeitai... dominai... (Gn 1.28)". É importante lembrar que a "sujeição" e "dominação" outrora voltada apenas ao mundo que Deus entregou em suas mãos, agora é direcionado à sua esposa, à Eva. Adão começa então a pôr em prática "a arte de saber governar, de administrar e de controlar sua casa, externa e internamente (dic. Sacconi)". E educar seus filhos a viver em sociedade. Veja que um dos conceitos à política hoje, "viver em sociedade", já é colocado por terra em aproximadamente 100 anos da criação do homem: Caim mata Abel, seu irmão mais novo (Gn 4.8).

Há muita história política na palavra do Senhor até o povo de Israel atravessar o Jordão. E em Canaã a política humana não é usada ainda, aparentemente, pois são governados e administrados teologicamente, isto é, por Deus. Mas este governo termina quando o povo pede a Deus que eles mesmos escolham seus governantes. E Deus concede este favor ao povo. Acaba então a Teocracia e começa a Monarquia (1º Sm 8.5-7).

Vimos nesta fase (Teocracia) que Israel era governado pela religião judaica, por homens descendentes da tribo de Levi e daqueles que descendiam da família de Arão, irmão de Moisés. Contudo, o mau da avareza, que Paulo traduz por idolatria (Ef 5.5; Cl 3.5), sempre acompanhou a política, fosse ela religiosa, fosse uma outra forma de administração. O povo reclama a Samuel: "Eis que já estais velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos (1º Sm 8.5)", demonstrando que a Teocracia ensinada na teologia não passava de um conceito meramente teórico, pois a realidade do governo religioso até então era avesso a isto. Um grande exemplo disto na Teocracia estava na casa do sacerdote Eli. Seus filhos usavam a posição que receberam para praticar aquilo que Deus jamais admitiu, "hipocrisia", que tem por antônimo a palavra sincero, que Deus utiliza ao falar de seu servo Jó (Jó 1.8). E a hipocrisia causou males tão grandes à casa de Eli, que Deus revoga a promessa que havia feito à família de Arão. Dessa forma perdem o sacerdócio que Deus havia dito lhes seria perpétuo, tudo por serem hipócritas, e o mesmo sacerdócio é passado à casa de Efraim (Ex 29.9; 1° Sm 2.35).

Nossas congregações são dirigidas por uma política pseudo-teocrática. Dizemos que é Deus quem escolhe, mas a realidade é sempre outra. Dizemos que é obra de Deus, da mesma forma como o povo judeu sempre esnobou os outros povos, mas a escolha é fruto da vontade daqueles que administram tal congregação, e de seus grupos políticos. O Cristianismo, severamente politizado nos primeiros séculos, realizava concílios para duas ou três vertentes teológicas, do jeito como ocorre hoje em ano eleitoral. Se não há acordo, aquele que não concorda com a maioria sai, que foi o que aconteceu com a exma senadora Heloísa Helena, do Pt, que, mesmo sendo minoria, não concordou em comer aquilo que o partido sempre falou contra. E saiu. E sai porque o partido que ajudou a formar começa a fazer tudo aquilo que eles condenavam.

Este exemplo do Pt com a digníssima senadora Heloísa Helena, hoje no Psol, demonstra que a política de situação transformou-se naquilo que eles sempre lutaram contra, devido aos grandes interesses por trás de sua liderança. O dirigente, seja ele partidário, sindical, comunitário ou religioso terá que fazer até aquilo que não concorda, pois existem vários grupos dentro de cada instituição. E na religião também é assim. Na época de Cristo haviam várias vertentes ou seitas teológicas na religião judaica: fariseus, saduceus, essênios, zelotes, entre outras. Quem estava certo? Quem tinha razão? Quem...?

E hoje, da mesma forma como acontecia na época de Cristo, estamos religiosamente politizados. Se não há acordos nas reuniões, os descontentes saem e abrem outra porta para pregação do evangelho, conforme sua visão teológica. E quem está certo? Os que ganharam a disputa na reunião e os fizeram sair, ou os que saíram e que não concordaram com a maioria? É difícil dizer ao certo quem vence esta disputa, pois quem ganha dá sua versão, e os que saem tem a sua também. Ocorre um empate, isso sim. E o empate tem semelhança aquilo que Deus fala à igreja de Laodicéia: "Não és frio nem quente, és morno (Ap 315)". E sendo morno será vomitado da boca de Deus.

Tomemos uma posição. Falemos a verdade da forma como Jesus ensina. Assim sofreremos por uma causa nobre (Mt 5.10) e o partido ou grupo do qual fazemos parte na igreja tomará a posição de Gamaliel: "... se este conselho ou esta obra é do homem se desfará. Mas se é de Deus, não podereis desfazê-lo (At 5.39,40)"

Então, não vivamos a nossa denominação. Não vivamos a nossa igreja. Não amemos nossa denominação religiosa mais do a um ébrio. Não adoremos nossa congregação. Isto é avareza. Isto é idolatria. Isto é política.

Adore ao Pai como único Deus. E a Jesus Cristo, aquele a quem o Pai enviou (Jo 17.3). O restante não passa de política. E devemos votar em crentes de nossas igrejas? Se a bíblia disser que sim, pode ficar a vontade para votar nele. Mas acho que ela não ensina isso.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Fale assim e proceda assim, devendo ser julgado pela lei da liberdade


Leitura da mensagem na formatura do curso técnico do Senai Paranaguá, Fev de 2008


Em maio de 2007, assistindo ao reality show “O Aprendiz 4, o Sócio”, na rede Record, captei algo como nas parábolas de Jesus Cristo. O apresentador, conceituado empresário Roberto Justus, sempre se comporta com imparcialidade no momento da escolha de seu futuro sócio, do vencedor do programa. Se prestarmos atenção e com nosso coração e mente voltados à vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficaríamos apreensivos. Mostrarei como foi este episódio, da forma como lembro:
As equipes (duas, da quais não lembro nome) receberam a missão de apresentar ao público um equipamento celular. Uma das equipes foi liderada por uma menina, outra por um homem maduro, muito sério. Elas vão a campo pôr em prática suas idéias consensadas em reuniões. Até aqui tudo corria na maior normalidade. As equipes tentavam sagrar-se campeãs, da melhor forma possível.
Numa das equipes havia um “jovem rapaz” bem extrovertido, inteligente e muito, mais muito simples. O apresentador Roberto Justus em outras oportunidades o havia elogiado, destacando sempre sua simplicidade, pois demonstrava auto-capacidade em gerir pessoas no grupo. Só que uma coisa ocorre na realização da tarefa, que começa no “brainstorming (tempestade de idéias)”, até finalizar no plano de ação. A equipe deste “jovem rapaz” concorda em colocar seu estande e os mostruários do referido celular numa área não permitida, numa calçada. Sabiam que para permanecer ali seria necessária uma autorização da prefeitura de São Paulo. Entretanto, esta licença não sairia imediatamente. Demoraria alguns dias, ou até semanas. Então o que fazer?
O “jovem rapaz”, inteligente, extrovertido, um dos quais Roberto Justus mais admirava em sua crescente trajetória a cada prova, dá uma sugestão. Mesmo que estivesse apenas brincando (Pv 26.19), as câmeras da Record o focalizam (Hb 4.13), e gravam o momento em que ele dá sua resposta à pergunta dos demais membros da equipe. E tudo começa numa calorosa discussão sobre a tarefa. Eles discutem:
“__ E agora? A idéia de pôr o estande na calçada é muito boa. Só que sem a autorização da prefeitura não poderemos fazer”. Então o “jovem rapaz” em sua simplicidade diz: “__ Vamos assim mesmo pois temos que te coragem”. Outra menina da equipe redargüi: “__ E se por acaso aparecerem os fiscais da prefeitura, o que faremos?”.

Esta é a 1º pergunta que começa a dificultar o trabalho da equipe. Eles discutem exaustivamente. Pensam em tentar outra maneira de realizar a tarefa. Entretanto o que eles não têm mais é tempo suficiente, pois demoraram muito para descobrir que um trabalho em via pública necessitaria de uma autorização superior. E que ela não seria imediata, tendo que ser analisada até que as autoridades deferissem sua decisão.
“__ Que faremos se porventura aparecer um fiscal da prefeitura?” Então, num ato de extrema infelicidade, o “jovem rapaz” faz uma colocação até normal em nossos dias. Ele fala: “__ Se aparecer um fiscal, qualquer R$ 100,00 resolve. Fiquemos então preparados caso necessitemos utilizar o plano B”. As câmeras gravam o momento em que ele bate no bolso da calça, mostrando uma das coisas mais comuns no Brasil em que vivemos.
Contudo, sua colocação não agrada a equipe, e ficam em um sério debate sobre a colocação do “jovem rapaz”. Após outra discussão exaustiva, o líder, com o apoio da maioria, bate o martelo, dizendo sim à idéia, isto devido ao tempo restante ser insuficiente para fazer outra estratégia. Irão realmente para a via pública, onde colocarão seu estande de produtos para divulgá-lo ao público paulista, mesmo conscientes da irregularidade, contando apenas com a sorte. Será que algo acontece por acaso em nossas vidas?
Fazem um excelente trabalho lá. Fiscais não aparecem e tudo corre na maior normalidade. Só que os conselheiros do sr Roberto Justus vão a campo fazer perguntas às duas equipes. Nestas entrevistas eles dão dicas, perguntam sobre o objetivo maior do método utilizado e criticam, se necessário, com objetivo de melhorar o resultado deles.

Os conselheiros de Roberto Justus, que são homens e mulheres fora de série em objetividade e praticidade, perguntam a equipe que montou o estande na calçada se eles estão de posse da autorização municipal para colocar seu material ali. Eles respondem que não. Aí retorna aquela pergunta que eles já haviam esquecido: “__ E se aparecer algum fiscal da prefeitura, o que vocês farão?” Então mais uma vez o “jovem rapaz”, inteligente, extrovertido, toma a frente da conversa. Bate a mão no bolso da calça, diz que o que ele tem ali resolve (dinheiro). Todos dão risada.
Executam um excelente trabalho ali, conversando com as pessoas, apresentando o aparelho celular. Fazendo demonstrações àquelas pessoas que se interessavam. E a outra equipe da mesma forma, pois têm um alvo em comum, o de ser vencedor e sócio de Roberto Justus.
Terminadas as tarefas, as equipes estão na cruel sala de reuniões, aguardando a entrada do sr Roberto Justus, que eliminará outro concorrente à vaga de sócio. Após todos aqueles processos de prós e contras, Roberto Justus pede que seja apresentado o vídeo onde o “jovem rapaz” bate a mão no bolso. Depois pede outro vídeo com seus conselheiros fazendo aquela pergunta sobre fiscalização, onde o “jovem rapaz” diz que dinheiro resolve. Então Roberto Justus aponta a equipe campeã. A perdedora foi a equipe do “jovem rapaz”, que retornaria à sala para ver quem seria eliminado.
Roberto Justus então usa da perspicácia de seus conselheiros. Um deles aponta para o líder, pois foi omisso, agradou a maioria. Outro aponta o “jovem rapaz”, que falhou com uma tola idéia sem muita ética, apesar da equipe não ter sido prejudicada por ela. Roberto Justus fica noutra indecisão, como das demais vezes já havia enfrentado nos programas anteriores. Só que agora é diferente.
Então pela primeira vez no programa Aprendiz, toda a equipe perdedora retorna à sala de reuniões. Ele começa sua análise. Fala que eles como equipe sempre estiveram acima de suas expectativas e da de seus conselheiros. Que sempre superaram aquilo que eles esperavam.

O primeiro a quem Roberto Justus dirige a palavra é ao líder, um homem sério e maduro. Mostra que ele por vezes se omitiu, não tomando as rédeas da situação. Não foi o líder que eles esperavam. Depois falou com o “jovem rapaz”. Disse acreditar que ele seria um dos finalistas do programa. E asseverou que o comentário feito por ele num programa que sempre tentou mostrar transparência não foi bem recebido.
Após muito pensar, Roberto Justus escolhe o demissionário: o líder da equipe. Expõe todas as razões que o levaram a tomar tal decisão. Quando tudo parece definido, Roberto Justus continua. Fala ao “jovem rapaz”“: __ Eu admirei você. No começo não me agradou, por seu jeito pouco eclético. Entretanto a cada prova você me conquistava, com seu jeito simples, sua praticidade em tratar certos assuntos, sua mente aberta e grande inteligência. Vou repetir: Não admito falta de ética com meus produtos, minhas empresas, meus funcionários. O que você tem a dizer?”
Ele diz que nunca daria dinheiro algum aos fiscais. Que usou apenas uma expressão para que a equipe aceitasse sua idéia. Afirma saber que aquilo é errado e que foi mal interpretado. Após tudo isso, Roberto Justus toma a palavra novamente e conclui:
“__ Esse programa mexeu comigo. Farei uma coisa hoje que não está na regra. Você, “jovem rapaz”, foi um dos competidores que mais me chamava a atenção a cada programa. Passei a imaginar você como um dos que chegariam à final, e venceria este Aprendiz 4. Só que não posso brincar com uma das coisas que me diferenciam no mundo de trabalho em que vivo: a ética. Se aceitar aquilo que você fez hoje, amanhã aceitarei outra, e não serei o mesmo empreendedor conhecido por minha transparência. Isso nunca aconteceu neste programa. Mas como não posso admitir algo que fira diretamente minha ética e a do programa que intentei fazer, você, “jovem rapaz”, com toda sua bagagem, está demitido!”

O que aprendemos com isso, irmão Elizeu, num programa de TV?


Entenda então o que aprendi com o Espírito de Deus vendo esta parábola televisiva:
O julgamento de Deus por nós como diz a Palavra em Tiago 2.13: “Porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo” falará profundamente conosco. No verso 12 está escrito: “Falai de tal maneira e de tal maneira procedei, como havendo de ser julgados pela lei da liberdade” aponta para uma situação de prática e não de teoria, pois Tiago é sem dúvida alguma o mais prático em todas as cartas bíblicas. Se falamos e ensinamos, devemos fazer o que falamos e ensinamos, pois estamos na posição de mestres, fazendo discípulos.
Como estamos nos comportando fora do átrio da igreja onde servimos a Deus? Será que vivemos aquilo que não nos cansamos de bradar no templo? Que será que Palavra quer falar conosco por Tiago, onde haverá “um juízo sem misericórdia, sobre aquele que não fez misericórdia?”
Quando o programa terminou comecei a pensar em nosso julgamento. Imaginei que nosso Deus, nosso Pai e Senhor fará algo semelhante aquilo que Roberto Justus fez. Será que nosso Senhor e Pai celestial passará a mão na cabeça daquele que errou, porque são filhos ou por serem os melhores servos na igreja? A morte de Abel ocorre num tempo em que não existiam leis morais ou éticas escritas. Contudo ele morre pelo simples fato de crer naquilo que Adão, seu pai, lhe falou sobre Deus. E Abel teve fé nEle. Caim, ao contrário, não teve esta fé, recebendo a marca da reprovação de Deus.

“Assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira (Pv 29)”
Uma ingênua brincadeira fez Roberto Justus eliminar o “jovem rapaz” do programa. Só que foi aquele tipo de brincadeira que como ensina Jesus, foi dita. Sendo dita, saiu pela boca. Saindo pela boca, veio do coração. Vindo do coração, poderá tornar-se realidade um dia. E o apresentador Roberto Justus não pensou muito em eliminar o “jovem rapaz”, porque sua preocupação esteve voltada aos milhões de brasileiros que assistiam aquele episódio.
Nós cristãos protestantes vivemos tempos em que é melhor ensinar sobre modismos, sobre seitas e heresias, sobre movimentos contrários a nossa sã doutrina, e não percebemos, nós, os líderes, que seremos os primeiros a ser reprovados pelo Senhor. Veja que Roberto Justus demite primeiro o líder, pois ele não agiu como tal, mas foi influenciado pelo desejo da maioria dos membros de seu grupo, de sua equipe de obreiros. Não ensinamos ao povo a ser prático, como Jesus sempre ensinou, e como Tiago escreve. Jesus deixa claro que para estar firmado nEle, na Rocha, tem que ser praticante daquilo que Ele ensina. O que Jesus fala deveria ser continuamente ensinado em nossas igrejas, bem como um departamento eclesiástico que conduzisse o povo à prática. Veja o que não aprendemos:
“Todo aquele que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É semelhante ao homem que, edificando uma casa,
cavou, abriu profunda vala, e pôs os alicerces sobre a rocha (Lc 6.47,48)”
É pela falta de não sermos práticos que Jesus ressalta estarmos edificando nossa casa sobre a areia, e não nEle, a Rocha. Aí vivemos aprendendo, reaprendendo, reciclando algo que deveria ser a nossa marca, a marca da cruz. Escrevi “não aprendemos” devido ao fato de vivermos temendo as ondas, o ventos, as águas, as tempestades, o mar bravio que enfrentamos, e pelo fato de sempre acordarmos Jesus, que está em nosso barco “dormindo”, para que nos acuda. E por temer aquilo que Paulo tanto enfatiza sobre ventos de doutrinas, creio que a maioria, aqueles que edificaram suas casas sobre a areia, vivem neste sacrifício inútil, sem se preocupar em conhecer realmente Deus.
Mas será que é fácil ser praticante daquilo que Jesus ensina? Será que a grande maioria cristã no mundo carrega essa cruz? Não, não é fácil praticar o que Jesus ensina. E não, a grande maioria cristã no mundo jamais chegou perto da cruz de Cristo. E tudo isso pela falta de um ensino prático daquilo que Ele ensinou. Mas todos são crentes, são ouvintes, são estudantes da Palavra, entretanto não estão edificados sobre a Rocha, sobre Cristo, tudo por não praticar o que se aprendeu.
O maior motivo de modismos, de neo-montão-de-coisas-pentecostais adentrarem em nossas igrejas assembleianas, se resume ao fato de não sermos nada daquilo que Tiago escreve. Se não somos aquilo que Tiago escreve, não somos praticantes daquilo que Jesus ensinou. Se não somos praticantes daquilo que Jesus ensinou, não somos seus discípulos (Lc 6.40). Não sendo seus discípulos na totalidade daquilo que Ele ensinou, jamais chegaremos à estatura de varão perfeito (mas todo o que for bem instruído será como o seu mestre). E por quê? É simples. Se eu não nego realmente as minhas vontades, não posso tomar a cruz. E o Pai celeste jamais permitirá que participe das bodas com seu Filho, pois estarei com minhas roupa lindas, bonitas, com uma grife estupenda. Só que adquirida com um esforço humano, não no sacrifício vicário de Cristo. Será uma boa máscara de indumentária.
Falemos então a verdade. Façamos como Jesus ensina. Ele sempre elogiou a atitude sincera e transparente de seus discípulos, como Natanael, em João 1, onde ele destrata a pessoa de Cristo. Porém como ele falou o que pensou, não o que agradaria a Cristo, foi elogiado: “Você é um grande israelita...”, diferente dos doutores da lei: “Por que me chamas bom ...?”
Numa conversa com o pr do CACP sobre um assunto que acontece em nosso meio, ele disse: “Fazer o que?”, demonstrando que é melhor falar mal das outras denominações do que mostrar que estamos agindo errado. Coloque então sua fé e sua direção em Cristo Jesus. Não faça o que Israel fazia e faz até hoje: “Não vos fieis em palavras falsas, dizendo: Templo do Senhor, templo do Senhor, templo do Senhor é este”. Pois Deus dirá: “...farei também a esta casa, que se chama pelo meu nome, na qual confiais... (Jr 7. 4,14)”

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Pentecostais ou rodopiadores?




No Evangelho segundo escreveu São Lucas no capítulo 10, Jesus designa 70 de seus discípulos para a seara. No retorno dos enviados, todos demonstram alegria por tudo aquilo que haviam contemplado na breve missão missionária. Como são neófitos, sorriem à toa por tudo aquilo que presenciaram. Eles dizem: "Mestre, por teu nome, até os demônios se nos sujeitavam". Isto demonstra como a falta de raciocínio em relação as coisas espirituais nos atrapalham, nos distanciam de nossa missão. Com certeza todos os setenta, sem excessão, partilharam da mesma compreensão em tudo aquilo que passaram nesta obra evangelística. Ninguém, até por medo de ser ridicularizado, teve a ousadia de questionar o que criam ser obra divina.

Jesus então, sem perder tempo em explicações teológicas as quais os doutores da lei e os fariseus eram peritos, simplesmente disse: "Eu via Satanás como raio, cair do céu no meio de vós". Talvez nem todos se surpreenderam com a crítica de Jesus. Um até sussurra no ouvido de um dos enviados dizendo: "Eu sabia que era coisa do Diabo", entretanto, não teve a coragem de colocar seu pensamento, sua crítica, sua razão.

Jesus nunca disse aos setenta para fazer barulho, rodopiar, contorcionar, desmaiar, enfim, porém dá-lhes autoridade para curar, e levar a nova do Evangelho.

Que bom seria que a cada saída de um culto "fashion pentecostal" as pessoas fossem curadas, almas fossem salvas, houvessem revelações como a do profeta Natã para o rei Davi, não as profecias do tipo: "Receba, a vitória é sua, assim diz o Senhor...; A luta terá fim, assim diz...; Muitos já tentaram, mas tu és o escolhido, assim diz o ..." e etc, etc, etc...

Este vídeo mostra uma coisa corriqueira em nossas igrejas, e a explicação é que tudo é fruto do êxtase espiritual em função da canção. O comentarista esclarece sobre movimentos cíclicos, que levam ao êxtase. É emocional, será? Se for assim, somos emocionais também? Será que o deus Alá, que os muçulmanos servem, é o nosso também? Pois eles cantam, rodopiam, caem, choram, igual em nosso meio. Na umbanda também, fazemos em nossas igrejas o que eles fazem lá aos deuses africanos. Será que Adão vivia assim no jardim do Édem, fora de sua razão? Adão, como o pr Marco Feliciano prega, pelo Espírito Santo, vivia o dia inteiro fazendo barulho, rodando? Pois parece que Deus formou o homem, a sua imagem e semelhança, para viver em espírito de desligamento de sua mente racional, e o diabo o colocou em sua razão, fazendo-o pecar. Assim acho que crêem a maioria dos crente desta era.

Por que não apresentamos um culto racional a Deus, conforme Paulo escreve? Por que o Espírito Santo nos usa como fantoches, segundo ensinam vários pastores? Por que falamos, falamos, falamos, porém não praticamos o que falamos? É, parece que estamos como os gregos na caverna do filósofo Platão, vendo só o que está na ponta do nariz, devido ao medo de aumentar nossa visão panorâmica.

Graças a Deus que Jesus Cristo é o mesmo ontem, é hoje, e é eternamente, e Ele nunca ensinou nada disso que mais contemplamos em nossas congregações. Então, proceda em falar aquilo que a palavra de Deus o autoriza a falar, não o que a maioria crente gostaria de ouvir.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Onde estão nossos líderes, no discipulado?


Pastor Samuel, do FdH, demonstrando o "eu te amo, eu te amo, te amo irmão Elizeu pra sempre... "


No dia 09 de Fevereiro deste ano fui à sede de minha igreja aqui em Paranaguá, no Paraná, para ver o conjunto Filhos do Homem, que tanto admiro, pois possuo seus DVDs e CD acústico. Aproveitei, antes do irmão Samuel cantar, para abraçá-lo e dizer que o amo muito em Cristo Jesus. Eles louvaram a Deus com vários hinos, os quais eu gravei em minha máquina fotográfica. Uma coisa muito me entristeceu: é o fato de saber que a direção de nossa igreja não é de acordo com o FdH, mas os aceitam em plena igreja sede. Por quê?

Eu me fiz esta pergunta no momento dos louvores, pois é um desacordo com Tg 2.12, onde diz: “Falai de tal maneira e de tal maneira procedei...” . Desacordo, Elizeu? É, desacordo, pois ensinamos contra o Diante do Trono (G12), contra FdH, contra Voz da Verdade (unicismo), mas os convidamos para estarem em nossas igrejas, talvez para aumentar o IBOP do culto, pois estamos “globalizando” o evangelho simples de Cristo. Como havia feito em outra oportunidade uma pergunta a um presbítero de nossa sede, quando vi no programa da CPAD na Rede Tv, comerciais de CD e DVD do conjunto Diante do Trono, sua resposta foi: “É que é culpa da mídia. Manter o programa no ar é caro, então necessita de comerciais. É por causa da mídia!”

Por que ensinamos em nosso púlpito tudo o que a Bíblia relaciona, mas não cumprimos quase nada daquilo que falamos? “Fale e proceda assim”, diz Tiago, porém falamos como os fariseus, querendo matar nossos irmãos crucificados, dizendo que amamos a César.
Onde estão os nossos líderes? Descer do púlpito para orar pelos outros se tornou um privilégio. Porém servir de exemplo, de líder, de discipulador, de mestre, já não existe. “Siga o exemplo de Paulo, de Abraão, de Isaque, de Jacó, de Moisés, etc, e de Jesus, mas não o meu, pois sou falho como você”, é o que se ouve na igreja. “Você tem que mostrar seu diferencial”. E onde está o meu exemplo? Somos crentes só de igreja?

Em Lc 6.40, Jesus ensina: “Não é o discípulo mais do que o seu mestre; mas todo o que for bem instruído será como o seu mestre”. Entretanto temos mestres de todos os formatos, que se tornaram mestres por seu próprio esforço, devido a falta de discipuladores, de líderes como Moisés. Moisés ficava no alto com os braços erguidos, servindo de exemplo encorajador para o exército de Israel. Hoje são poucos os mestres que têm o anseio de fazer discípulos à sua altura. Por quê?

É o que Jesus sempre enfrentou. Hoje Jesus diria com a mesma tristeza e rancor com a qual João escreveu: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna (Jo 5.39)". Nós sabemos tudo e nem por um segundo fazemos uma introspectiva daquilo que estamos ensinando e fazendo. Falamos o que a Bíblia diz e fazemos, até onde entendemos que é certo, não porque Jesus falou que é certo.

Este vídeo é apenas um pequeno relato de nosso farisaísmo. Em nosso meio fariseu existem os Josés de Arimatéia, os Nicodemos, enfim, aqueles que são realmente crentes em Jesus. Porém a maioria são como os sacerdotes Anás e Caifás, são como os escribas e doutores da lei. Fazem doutrinas pesadas, mas não movem uma palha. Não entram e não deixam ninguém entrar. Pena que não percebemos isso. Pena mesmo. Somos como Israel: “Somos sábios, e a palavra do Senhor está conosco... (Jr 8.8)".