sábado, 27 de setembro de 2008

Quem está com a razão? Quem demonstra transparência?

Você sabe o que está falando ou é preconceituoso em relação à CPAD?
Veja se lhe ajudo com este artigo, após ouvir o que o pr Silas fala sobre a editora CPAD





A muito tempo que acompanho a trajetória de luta do pr Silas Malafaia. É bonito observar a coragem com que ele trava as batalhas espirituais, e também as batalhas dentro do movimento cristão assembleiano, em especial à cúpula da CGADB. No veículo que movimenta o mundo cristão mundial, a internet, ele é aplaudido e também rechaçado.

Mas deixando de lado este embate de gigantes, vou colocar meu ponto de vista em virtude do que já presenciei em relação a CPAD. Nossos apologistas ensinam sobre o "G 12", em especial sobre o Diante do Trono. No final de 2006, assistindo aos programas evangélicos na Rede TV, como o ICP, depois o Vitória em Cristo do pr Silas Malafaia, vi uma coisa que me deixou perplexo. No programa da CPAD, o Movimento Pentecostal Oficial, apareceu o seguinte comercial: "inauguaração de uma loja da CPAD". Até então tudo estava normal. Só que ao mostrar os departamentos da loja recém inaugurada, no campo onde vendiam CD's, por incrível que pareça apareceu o CD Esperança, do Diante do Trono. No setor de DVD's acontece outra coincidência, pois também aparece o DVD Esperança, do Diante do trono.

Então, em minha ingenuidade, pensei: "Por que a CPAD não faz comerciais dos cantores da igreja, ou da patmus music, e faz este tipo de anúncio?" pois minha preocupação foi com nossos conservos cantores. Eu fiquei sem saber o que estava acontecendo. Na semana do obreiro daquele ano, na sede aqui em Paranaguá, perguntei a um obreiro de nossa sede: "Puxa, mano, por que a CPAD faz comerciais do Diante do Trono na TV, e não dos cantores ou dos produtos patmus music?" Ele disse: "É a mídia, que por ser muito cara, faz com que aqueles que ingressam ali vendam horários para suavisar o pacote mensal".

Eu, muito ingênuo, cri que realmente fosse isso, e fiquei aliviado daquela situação constrangedora que assisti na TV. Só que no ano seguinte, em uma conversa com um professor de teologia, comentei novamente sobre aquilo que vi na TV, a CPAD fazendo comerciais do Diante do Trono. Ele me falou: "Não, isso não pode, porque eles são do G12.". Esta foi a primeira vez que ouvi dizer que o DT é G12. Guardando estas informações, em uma escola dominical, onde o assunto era caráter, aproveitei a oportunidade e citei novamente o fato à classe Moisés. Então o professor, que é um dos apologistas mais respeitados de Paranaguá, nos falou que já havia entrado em contato com a CPAD, e que ela se absteve de dar apoio sobre este assunto. E agora, quem estava com a razão? Um tempo depois, quando criei página no Orkut, entrei como membro do Movimento Pentecostal, não o oficial, e postei uma enquete para apreciação dos membros. Era assim: Por que a CPAD faz comerciais de produtos do Diante do Trono na TV?

A enquete tinha três ou quatro tipos de respostas a escolher. Passado dois ou três dias, a enquete foi apagada, conforme segue abaixo:
Cristian:
Elizeu, apaguei sua enquete na comunidade Movimento Pentecostal, pois não é verdade que o programa faz propaganda do material do Ministério Diante do Trono!Amplexos.
Elizeu Rodrigues:
Pr, sempre estou ligado no Programa Movimento Pentecostal, e sempre dou atenção as matérias, inclusive as que o pr Mesquita produz, como repórter. Aparecendo imagens na mídia, alguém recebe o dinheiro. Então tenho certeza que foi pago valor, pois apareceram imagens dos CD's e DVD's Esperança. Como não gravei a imagem, não tenho como provar. Contudo, como o rei Saul, nos justificamos sempre, e isto é um horror ao cristianismo. Fica na paz de Cristo
Cristian:
Elizeu, foi em qual programa? De que dia? Na sua enquete vc deu a entender que foi feito propaganda. No MP somente é feito propaganda dos produtos sa Casa. Vc está muito enganado.Nas filiais (livrarias) da CPAD são vendidos os CDs e DVDs da Batista da Lagoinha. Mas, não é feito publicidade paga desses produtos. Desconheço qualquer contrato de publicidade com o Ministério Diante do Trono.Por favor, antes de postar alguma coisa, e afirmar que tem certeza, confirme antes com a CPAD. Qualquer dúvida ou sugestão:http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=12106004017329836544Amplexos.
Elizeu Rodrigues:
Foi no final de 2006. Era uma nova loja de produtos CPAD, não lembro se no RJ. Mas como há edição, e mostrou exatamente na área CD, o Esperança Diante do Trono, e na área DVD o mesmo, com certeza houve marchan. Repito: se há edição, e mostrou os referidos produtos, e não os produtos da Patmos Music, com precisão aconteceu o pagamento.Mas como não gravei, faz tempo, e não lembro as matérias chaves do programa, jamais poderei provar no youtube. Eu enviaria cópias pra vcs, irmãos.
Cristian:
Elizeu, até agora não estou acreditando... Cada coisa...hahahahaValew!


E agora, quem tem razão? Eu, que assisti o programa como faço até hoje, ou o Cristian, que afirma que a CPAD não faz comerciais de produtos que não sejam da casa? A política, ou a entidade eclesiástica?

Sinceridade, sin cera, sem cera. Tem-na em ti mesmo diante de Deus, pois em relação aos partidos ou seitas dentro de uma congregação, acontece o seguinte:

Se não fazemos parte da elite, somos da oposição. Se somos da elite, "situação". É política mesmo, sem sombra de dúvidas. Onde há política, há peleja, embate. E onde há peleja política, Davi ensina assim:

"Com o benigno... benigno, e com o sincero... sincero; com o puro... puro, e com o perverso te mostrarás indomável (Sl 18.25,26)"

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Ano Eleitoral


Devemos votar em irmãos da igreja?

A história política acompanha o homem desde que ele pecou contra Deus. E ela é apenas um instrumento puramente humano, sem qualquer conotação com o sagrado, com Deus.

Ao sair do jardim do Édem, Adão é obrigado a fazer uma das coisas que o Criador havia ordenado: "sujeitai... dominai... (Gn 1.28)". É importante lembrar que a "sujeição" e "dominação" outrora voltada apenas ao mundo que Deus entregou em suas mãos, agora é direcionado à sua esposa, à Eva. Adão começa então a pôr em prática "a arte de saber governar, de administrar e de controlar sua casa, externa e internamente (dic. Sacconi)". E educar seus filhos a viver em sociedade. Veja que um dos conceitos à política hoje, "viver em sociedade", já é colocado por terra em aproximadamente 100 anos da criação do homem: Caim mata Abel, seu irmão mais novo (Gn 4.8).

Há muita história política na palavra do Senhor até o povo de Israel atravessar o Jordão. E em Canaã a política humana não é usada ainda, aparentemente, pois são governados e administrados teologicamente, isto é, por Deus. Mas este governo termina quando o povo pede a Deus que eles mesmos escolham seus governantes. E Deus concede este favor ao povo. Acaba então a Teocracia e começa a Monarquia (1º Sm 8.5-7).

Vimos nesta fase (Teocracia) que Israel era governado pela religião judaica, por homens descendentes da tribo de Levi e daqueles que descendiam da família de Arão, irmão de Moisés. Contudo, o mau da avareza, que Paulo traduz por idolatria (Ef 5.5; Cl 3.5), sempre acompanhou a política, fosse ela religiosa, fosse uma outra forma de administração. O povo reclama a Samuel: "Eis que já estais velho, e teus filhos não andam pelos teus caminhos (1º Sm 8.5)", demonstrando que a Teocracia ensinada na teologia não passava de um conceito meramente teórico, pois a realidade do governo religioso até então era avesso a isto. Um grande exemplo disto na Teocracia estava na casa do sacerdote Eli. Seus filhos usavam a posição que receberam para praticar aquilo que Deus jamais admitiu, "hipocrisia", que tem por antônimo a palavra sincero, que Deus utiliza ao falar de seu servo Jó (Jó 1.8). E a hipocrisia causou males tão grandes à casa de Eli, que Deus revoga a promessa que havia feito à família de Arão. Dessa forma perdem o sacerdócio que Deus havia dito lhes seria perpétuo, tudo por serem hipócritas, e o mesmo sacerdócio é passado à casa de Efraim (Ex 29.9; 1° Sm 2.35).

Nossas congregações são dirigidas por uma política pseudo-teocrática. Dizemos que é Deus quem escolhe, mas a realidade é sempre outra. Dizemos que é obra de Deus, da mesma forma como o povo judeu sempre esnobou os outros povos, mas a escolha é fruto da vontade daqueles que administram tal congregação, e de seus grupos políticos. O Cristianismo, severamente politizado nos primeiros séculos, realizava concílios para duas ou três vertentes teológicas, do jeito como ocorre hoje em ano eleitoral. Se não há acordo, aquele que não concorda com a maioria sai, que foi o que aconteceu com a exma senadora Heloísa Helena, do Pt, que, mesmo sendo minoria, não concordou em comer aquilo que o partido sempre falou contra. E saiu. E sai porque o partido que ajudou a formar começa a fazer tudo aquilo que eles condenavam.

Este exemplo do Pt com a digníssima senadora Heloísa Helena, hoje no Psol, demonstra que a política de situação transformou-se naquilo que eles sempre lutaram contra, devido aos grandes interesses por trás de sua liderança. O dirigente, seja ele partidário, sindical, comunitário ou religioso terá que fazer até aquilo que não concorda, pois existem vários grupos dentro de cada instituição. E na religião também é assim. Na época de Cristo haviam várias vertentes ou seitas teológicas na religião judaica: fariseus, saduceus, essênios, zelotes, entre outras. Quem estava certo? Quem tinha razão? Quem...?

E hoje, da mesma forma como acontecia na época de Cristo, estamos religiosamente politizados. Se não há acordos nas reuniões, os descontentes saem e abrem outra porta para pregação do evangelho, conforme sua visão teológica. E quem está certo? Os que ganharam a disputa na reunião e os fizeram sair, ou os que saíram e que não concordaram com a maioria? É difícil dizer ao certo quem vence esta disputa, pois quem ganha dá sua versão, e os que saem tem a sua também. Ocorre um empate, isso sim. E o empate tem semelhança aquilo que Deus fala à igreja de Laodicéia: "Não és frio nem quente, és morno (Ap 315)". E sendo morno será vomitado da boca de Deus.

Tomemos uma posição. Falemos a verdade da forma como Jesus ensina. Assim sofreremos por uma causa nobre (Mt 5.10) e o partido ou grupo do qual fazemos parte na igreja tomará a posição de Gamaliel: "... se este conselho ou esta obra é do homem se desfará. Mas se é de Deus, não podereis desfazê-lo (At 5.39,40)"

Então, não vivamos a nossa denominação. Não vivamos a nossa igreja. Não amemos nossa denominação religiosa mais do a um ébrio. Não adoremos nossa congregação. Isto é avareza. Isto é idolatria. Isto é política.

Adore ao Pai como único Deus. E a Jesus Cristo, aquele a quem o Pai enviou (Jo 17.3). O restante não passa de política. E devemos votar em crentes de nossas igrejas? Se a bíblia disser que sim, pode ficar a vontade para votar nele. Mas acho que ela não ensina isso.