Outro dia aprendi uma coisa super interessante. Quando carregava areia da calçada da rua de casa para a caixa de construção, vi uma senhora catadora de papéis e recicláveis observando todas as lixeiras da rua, procurando material reciclável. Como sou um separador de material reciclável contumás, aguardava enquanto ela vinha em direção à minha calçada, para lhe informar do material que lhe entregaria.
Só que como eu estava com roupa de pedreiro, enchendo um carrinho com areia, ela preferiu atravessar a rua e falar com três vizinhas minhas que conversavam na outra calçada. Ela pergunta: "Não tem nenhum material reciclável que a senhora pudesse me dar, vizinha?" A resposta foi "NÃO", juntamente com a atitude das três de menosprezo pela senhora catadora de papel. Ela então faz outra pergunta: "A senhora não tem 1 kg de fubá, ou de trigo pra me ajudar?" Novamente a resposta é curta e grossa: "NÃO"
Com a resposta, ela segura suas sacolas e prossegue seu caminho. Quando passa em minha frente, falo alto: "Tia". Ela ouve e vê quando faço sinal para que viesse até mim. Ela vem e, enquando me aguarda, vou nos fundos de casa e trago três sacolas grandes com os recicláveis. Quando ela me vê voltando, sorri muito e agradece a Deus em alto tom. Quando lhe entrego as sacolas, ela vira para as três que a haviam desprezado, e diz: "Deus é bom mesmo. Eu ia mais pra baixo, mas como ganhei este material, vou voltar pra casa".
Aí as três ficam numa situação muito ruim e chamam a catadora junto a si. Dizem que irão juntar todo tipo de material reciclável e guardar pra ela pegar em outra oportunidade. Uma lhe entrega alguns quilos de alimento, e ficam até mais aliviadas. Tudo termina bem, para a catadora, quanto para as três vizinhas.
Conclusão: As vezes queremos fazer coisas grandes para ajudar aos outros. Queremos juntar dinheiro, comida, roupas, etc, etc, etc, quando o mais simples já seria útil. Dar bom dia, boa tarde, dizer como vai, tudo bem e parar para dar ouvidos e prestar atenção ao que as pessoas dizem valeria muito mais do que o blá-blá-blá dos que gostam de falar e dizer que são os bons.
Muita gente gosta de influenciar como político. Também há os que elogiam estas atitudes. E poucas são as pessoas que sabem elogiar e passar adiante uma atidtude simples como a de Jesus, que lavou os pés dos seus doze apóstolos, inclusive os daquele que o traiu.
Faça o simples. Jesus, que dizemos que é parte da trindade divina, influenciava na simplicidade. Ele viveu fazendo o bem. Depois de fazer o bem ele fazia milagres. Mas só depois de fazer o bem.