domingo, 21 de outubro de 2007

Por que enterramos os talentos?


“Mas o que recebera um ,foi ,e cavou na terra , e escondeu o dinheiro do seu senhor (Mt 25.18)”


A parábola dos talentos é uma das mais belas ilustrações referente aos princípios do reino de DEUS no que diz respeito ao serviço que prestamos ao Senhor e ao caráter dos seus servos. JESUS, nesta parábola, é representado pelo homem, dono de terras, que se ausenta por um tempo, chama os seus servos e lhes confia o trabalho em sua propriedade, entregando-lhes os seus bens.
A parábola fala de três servos que receberam do seu senhor os talentos, isto de acordo com a capacidade de cada um deles. Um recebeu cinco talentos, outro recebeu dois e outro recebeu um. Mesmo não havendo no texto a ordem expressa de que deveriam trabalhar, produzir, multiplicar o que receberam, isto ficou claro quando do retorno daquele senhor para o acerto de contas (v.19) bem como na passagem correlata de Lc 19.13. Então, o certo é que cada um daqueles servos deveria trabalhar no intuito de produzir para o seu senhor.
Interessante notarmos que o senhor que se ausenta, o dono da propriedade, não deixa nenhum fiscal para acompanhar o trabalho destes servos. Não há qualquer tipo de fiscalização ou supervisão do trabalho. Eles deveriam trabalhar livremente e aguardar, no final, no retorno de seu senhor, o acerto de contas (v.19). Aqueles servos certamente desfrutavam da total confiança do seu senhor e tinham a liberdade de usar os talentos recebidos da maneira como entendessem.
Notamos que o que recebera cinco talentos trabalhou arduamente, procurando retribuir a confiança de seu senhor, agindo semelhantemente o que recebera dois. Ambos foram recompensados pelos trabalhos prestados, recebendo elogios de seu senhor e a entrada no gozo eterno!!! (v. 21-23). Porém, aquele que recebeu um talento não procedeu conforme os outros. Ao contrário, “cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor (v. 18)”, recebendo no momento do acerto de contas, a dura sentença de ser chamado “servo mau e negligente. Inútil!” E ser lançado para longe do seu senhor, perdendo a alegria do gozo eterno (v. 30).
Observamos na vida deste trabalhador a atitude de negligência e descaso com o dono da terra, com seu senhor. Tudo bem que recebera apenas um talento. Pouco, na verdade, porém correspondia a sua capacidade (v.15). Muitos trabalhadores, sem dúvida, gostariam de estar em seu lugar. Mas o privilégio foi dado a ele.
Lamentavelmente não deu valor ao que recebeu. Preferiu não fazer nada com o talento recebido. Ou pior, enterrou-o, escondendo do seu senhor. Quem sabe, sentiu-se diminuído, inferiorizado em relação aos outros que receberam mais do que ele. Sua atitude em enterrar o talento recebido, mostra-nos, como diz o texto, que ele possuía um conhecimento errado acerca do seu senhor e que não tinha um bom relacionamento com ele. Atente para suas palavras: “conhecia-te, que és um homem duro... (v. 24)”. Note: Ele pensava que o seu senhor fosse um homem opressor, impiedoso, pronto a castigá-lo, caso cometesse algum erro.
Estes, pensamos, são alguns motivos que o levaram a agir dessa maneira, fazendo-o perder a entrada no gozo do seu senhor. Fidelidade por parte de seus servos, daqueles trabalhadores no cumprimento de seus deveres, era o que anelava aquele senhor quando retornasse (Lc 16.10; 1º Co 4.2), esperando ver seus bens multiplicados pelo trabalho fiel de seus servos.
Deus distribuiu dons e talentos à todas as suas criaturas e isto é muito precioso, não podendo ser desperdiçado! Ninguém há que tenha ficado esquecido e que não recebeu das mãos do Senhor certos dons, habilidades para serem usadas a seu serviço. Independente da quantidade, pois Deus conhece mais do que ninguém o quanto podemos administrar, esses dotes (talentos), devem ser empregados com a maior qualidade possível!!!
O princípio divino no serviço do Reino mostra-nos que temos obrigações iguais, não importando o quanto temos ou fazemos. Trabalhemos pois, diligentemente, perseverantes e fiéis aos talentos que temos recebido do Senhor. Temos a incumbência de usá-los em sua obra com a máxima dedicação, empenho e cuidado, pois no dia do acerto de contas, seremos aceitos pelo dono dos talentos!!!
Como falamos acima, o Senhor não fiscaliza o trabalho dos seus servos. Apenas entrega-lhes os talentos, confiando na fidelidade deles, esperando um trabalho frutífero e produtivo. O verdadeiro caráter dos servos é manifestado justamente na ausência do seu senhor. Dois demonstram um caráter íntegro, fiel. O outro servo não. Da mesma forma, cada um de nós trabalha com total liberdade na obra do Senhor, não havendo aparentemente qualquer fiscalização; fazemos, agimos, da forma como achamos que deve ser feito.
Como tem sido o seu trabalho com Deus e para com Deus? Como tens usado o talento ou os talentos que ele lhe concedeu? Como se manifesta o seu verdadeiro caráter quando ninguém lhe vê? Estas sendo fiel no serviço ao Senhor, procurando fazer o melhor para Ele? Sente-se uma pessoa de um talento só e às vezes é levado a pensar que com suas poucas aptidões nada se pode esperar de você? Isto te tem levado a negligenciar e tratar com desdém o Senhor e a sua obra? Sente-se inferior, menor em relação aos outros que lhe cercam, por pensar que possuem mais do que você? Talvez, como o servo de um talento da parábola, você tem pensado erradamente que Deus é um carrasco vingativo, um monstro terrível que age sem misericórdia, e isto lhe faz enterrar os talentos que Ele lhe deu.
Saiba que você é muito útil à obra do Senhor e para o Senhor. Ele lhe concedeu dons e talentos, habilidades preciosas para você usá-las a seu serviço. O Senhor confia em você e espera o seu melhor. Não se sinta uma pessoa desqualificada, inferior. Não tenha medo de Deus. Ame-O, adore-O, reverencie-O, renda-lhe graças por acreditar em você e ter lhe confiado este trabalho em sua obra. Não inutilize seus talentos. Não os enterre. Não dê desculpas a Deus alegando não saber fazer ou não ter oportunidade. Lembre-se: não é a quantidade que recebemos que determinará a nossa recompensa, e sim, a fidelidade no uso do que recebemos. Seja fiel no que faz com e para Deus. Não importa o que você faz. Seja qualquer atividade, mostre-se fiel, tendo a convicção de que o seu trabalho não é vão ao Senhor, mas terá uma recompensa (1º Co 15.58).
O que o Senhor lhe confiou está de acordo com a sua capacidade. Portanto, não há desculpas para negligência, apatia, inércia, estagnação. Assim sendo, de acordo com a nossa capacidade, devemos cumprir nossa missão fielmente, como bons administradores de Deus na terra, revelando o verdadeiro caráter cristão. Assim, no dia do acerto de contas com o Senhor, posamos ouvir: “bem está servo bom e fiel...” . Amém.

Pb Samuel Marques França, superintendente da EBD, professor, palestrante e membro do Centro de Apologética da IEAD em Paranaguá. Texto integral do informativo dominical Didaskein nº 3.

3 comentários:

Anônimo disse...

Fiquei surpreso em visitar seu site e ver a Mensagem "Quanto Tens de Unção" Postada como sendo de sua autoria. Peço a gentiliza de se retratar e retirá-la pois a mesma é de nossa autoria estando inclusive registrada em vários sites evangélicos e copirygt nosso. Se assim não for procedido, tomaremos as medidas necessárias. Julgo porém que não será suficiente pois acredito em seu caráter cristão.
Pr. Josias Almeida

Elizeu Rodrigues disse...

Pr Josias

Não tenho nada em meu blog postado com esta inscrição: "Quanto Tens de Unção", pois é uma pergunta relacionada a apologética, que é um campo em que não me apego. Se possível for, me indique onde coloquei esta frase. Fique com Deus.
Se preferir, me deixe seu e-meil para conversarmos.

Pr. Josias Almeida disse...

Esta mensagem foi uma inspiração nos dada por Deus. Visite nosso blog e edifique-se com mais esboços, sermões e pensamentos nossos. www.josiasalmeida.blogspot.com Deus abençõe!