quinta-feira, 21 de abril de 2011

Paz? Liberdade? Onde encontraremos isso?


Estava ouvindo uma canção de Vanessa Camargo, muito bonita, com o título "Me abrace". Este título, a princípio, é bacana. Um pedido bom quando compartilhado. Entretanto, o contexto da canção mostra um outro quadro, uma pintura não tão bonita assim. Ele mostra alguém em desespero, uma pessoa acuada pelas circunstâncias da vida, clamando, suplicando por algo que sabe não terá de novo com a pessoa que acha amar.




O que a deixou desesperada, acuada, clamando, suplicando por algo, como alguém suplica pela clemência da própria vida, é um sentimento que todos (quase todos) passamos na vida. Mas não deveria ser assim. Isso demonstra que estamos presos a sentimentos. E Jesus Cristo, o messias, veio para libertar-nos de tudo que nos prende a nossa vontade, inclusive o lado interior e sentimental.

A primeira coisa que Jesus faz, a sua primeira lei de liberdade, é a renúncia de nossos desejos, todos eles. Ele diz assim: "Se alguém quiser me seguir, renuncie-se, negue-se (Mt 16.24; Mc 8.34; Lc 9.23)". Ele diz ainda: "Aprendam comigo pois sou manso e humilde de coração. Assim vocês alcançarão descanço para vossas almas (Mt 11.29)".

Entre muitas coisas que precisamos na vida, duas são essenciais: Liberdade e Paz. Mas quando analisamos as palavras num contexto prático, vemos que uma se opõe a

outra e dificilmente elas se fundem. Tanto a história secular, como a história bíblica apontam que para haver liberdade de alguém, de uma comunidade, de uma nação, a paz extinguisse por um período de tempo. Primeiro acontece o que ninguém quer: a Guerra. Após o período de batalhas, destruições  mortes, enfim, todo tipo de tragédia material e psicológica, vencedores e vencidos assinam o tratado de paz. Assinado o tratado de paz (entre aspas), o que foi derrotado fica servo do vencedor. A liberdade do derrotado na guerra é dada com muitas restrições (liberdade?).

Isto é o que aprendo que, Jesus Cristo, além de nos libertar verdadeiramente de tudo, nos dá uma paz verdadeira. Ele diz assim: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. Não a dou como o mundo a dá (Jo 14.27)". O apóstolo Tiago, após dissertar sobre a sabedoria divina que o cristão deve ter e mostrar em boas obras (Tg 3.13-18), concluí dizendo: "O fruto da justica semeia-se na paz, para os que exercitam a paz (Tg 3.17)".

Exercitar a paz? É, e o apóstolo Paulo diz que, "se possível for, tenha paz com todos os homens (Rm 12.18)". Há cristãos que se apóiam nisso que Paulo escreveu para não ter paz com alguém, seja companheiro do ministério da igreja, um parente, amigo de trabalho, vizinho, seja quem for. E dão graças a Deus. Isto é certo? Olhe para Jesus: com quem ele não teve paz? Achou alguém? Muitos não queriam ter paz com ele e o mataram, por pura inveja.

Assim verificamos que Jesus nos dá a sua paz, não paz semelhante a do mundo, seja secular, religioso ou familiar. É a "paz do Senhor" ou a "paz do meu Senhor" que é do original hebraico Shalom Adonai. Essa é a paz do Reino de Deus na terra, que deve ser exercitada, isto é, colocada em prática constantemente, a fim de obtermos habilidade em manuseá-la.

E Jesus nos dá também a sua liberdade. Está escrito assim em João 8.31,32: "Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade e ela vos libertará".


Somos presos, primeiramente em nossos pecados quando não conhecemos a Jesus Cristo. Quando achamos que o conhecemos, como que os judeus acreditavam que conheciam a Deus e sua palavra, nos prendemos a dogmas, a doutrinas, costumes, tradições, festas...

E semelhante aos judeus, batemos no peito para dizer que somos livres, rangemos os dentes se alguém disser que somos escravos ou servos da religião, e não entendemos que, "se pois o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (Jo 8.36)". E livres de todos os nossos desejos, inclusive o religioso.

Tiago novamente fala sobre o tema, paz e liberdade e religião em sua carta: "Aquele que atenta bem para a perfeita lei da liberdade e nisso persevera... esse será bem-aventurado em seu feito (Tg 1.25)". E concluí: "Fale e proceda assim, como devendo ser julgado pela lei da liberdade (Tg 2.12)". Exercitar a paz e praticá-la com habilidade nos levará ao julgamento por nossas ações e obras. Não num julgamento desleal, injusto, mas pela justiça da lei da liberdade de Cristo.

Concluindo meu raciocínio, Paulo escreve assim: "Estais pois firmes na liberdade com que Cristo vos libertou. Não torneis a meter-vos no julgo da servidão (Gl 5.1)". Pena que a religião, assim como a paixão, coloca venda em nossos olhos, nos cega. E como os religiosos farises, oramos alto nas praças e templos, oposto do publicano. Damos ofertas e dízimos e nossos nomes são colocados em murais, o oposta da oferta da viúva. E valorizamos mais as doutrinas fundamentais da fé, os costumes que cada igreja local tem e esquecemos do que Jesus falou para os religiosos: "Aprendam o que significa: Quero misericórdia e não sacrifícios (Mt 9.13)".

E o que fazer para ser livre e ter esta paz verdadeira? Conhecer Jesus e permanecer na palavra dele. Assim encontramos a liberdade em Cristo. Duas coisas aqui são essenciais, como ensina o apóstolo Paulo: "Em Cristo, nem esse dogma, nem esse outro tem valor, mas sim o ser uma nova criatura (Gl 6.15)". Aí conhecemos o autor da verdade, isto é, a própria verdade (Jo 14.6). E Paulo fecha meu raciocínio nisso: "Nem esse costume tem valor, nem aquele outro, mas sim a fé que opera por amor (Gl 5.6)".

Encontre Jesus Cristo, meu grande amigo. Conheça o ensinamento dele e fique firme nesses preceitos estabelecidos por ele. Assim você será livre de verdade, pois conheceu a verdade em seu grande autor, Jesus Cristo.

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